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Ainda há dinheiro nas câmaras para festas e algumas extravagâncias

Ainda há dinheiro nas câmaras para festas e algumas extravagâncias

Municípios queixam-se da Lei dos Compromissos, mas há quem tenha dinheiro para alugar uma frigideira gigante por 37.500 euros ou quem dê mais de 50 mil euros para animar um parque de esculturas durante um mês.

Enquanto os autarcas de alguns municípios se queixam de não terem dinheiro para o gasóleo ou para os selos devido à famigerada Lei dos Compromissos, que veio impor uma disciplina férrea nos gastos das entidades públicas, outras autarquias parecem continuar a nadar em dinheiro e há quem possa dar 37.500 euros pelo aluguer de uma frigideira gigante para colocar o nome da sua vila no Guiness Book. Foi o que aconteceu com a Câmara de Ferreira do Zêzere, que para confeccionar a maior omeleta do mundo não terá olhado a despesas. Afinal de contas não se fazem omeletas sem ovos, mas a frigideira também é fundamental. E o preço da fama não fica barato, como se confirma no portal dos ajustes directos de entidades públicas na Internet (http://www.base.gov.pt/) onde se constata que a mesma autarquia, ainda neste mês de Agosto, não descurou a animação com nomes sonantes da música, pagando 12.500 euros à banda Santa Maria e 11.750 euros ao cantor Boss AC, no âmbito da Festa do Emigrante que ali decorreu.Em Vila Nova da Barquinha também parece não faltar dinheiro para festas e animação, até porque tristezas, já diz o povo, não pagam dívidas. Daí o município ter contratado por ajuste directo animação para o parque ribeirinho no valor de 56 mil euros. Segundo a autarquia, trata-se de uma iniciativa inserida numa parceria com a Nersant (entidade coordenadora do Provere “Mercados do Tejo”), com comparticipação comunitária de 80 por cento do QREN” e “visa atrair visitantes à região e dispersá-los pelos diversos locais e equipamentos de interesse”.Mais específico é o ajuste directo que também neste mês de Agosto a Câmara do Cartaxo fez a uma sociedade de revisores oficiais de contas, no valor de 50 mil euros, para elaborarem um Plano Financeiro do Município do Cartaxo. Que bem precisado deve andar de tal ajuda, tal a dimensão da dívida da autarquia. O prazo de execução é de 30 dias.Mais prolongado no tempo é o ajuste directo feito pela Câmara de Vila Franca de Xira a uma sociedade de advogados, a quem se compromete a pagar 54 mil euros para apoio jurídico ao município, em matéria de contratos públicos. O contrato tem a duração de três anos.Já a Câmara de Abrantes decidiu a 31 de Julho contratar a uma empresa especializada, por 137 dias, serviços de segurança e vigilância de edifícios do Município de Abrantes. Vai pagar 52 661,53 euros, porque mais vale prevenir do que remediar.
Ainda há dinheiro nas câmaras para festas e algumas extravagâncias

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