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Dívida do IAC aumentou 848 mil euros em sete meses

Comissão administrativa está a tentar negociar com os credores

A comissão administrativa que gere o IAC há sete meses tem conseguido reduzir os valores em dívida para com o Estado, banca e fornecedores, mas não conseguiu evitar um aumento dos encargos relacionados com a construção da Unidade de Cuidados Continuados, que fez disparar a dívida em 848 mil euros. No total o IAC deve agora 3,5 milhões de euros.

A dívida acumulada do Instituto de Apoio à Comunidade no Forte da Casa, concelho de Vila Franca de Xira, disparou 848 mil euros em sete meses e já se cifra actualmente nos 3,5 milhões de euros. A comissão administrativa que desde Julho gere os destinos do Instituto de Apoio à Comunidade (IAC) tem conseguido saldar grande parte das dívidas ao Estado, banca e fornecedores mas não se conseguiu livrar dos encargos decorrentes da construção da Unidade de Cuidados Continuados (UCC), que entretanto foi suspensa por falta de financiamento.A construção da unidade iniciou-se durante a gestão do anterior presidente da direcção e fundador do instituto, António José Inácio, é a responsável pelo aumento da dívida por causa de compromissos bancários que têm de ser pagos. “O IAC não consegue fazer a obra. Se não fosse isso estaríamos melhor. Nestes meses conseguimos pagar 400 mil euros ao Estado, 125 mil aos bancos e 146 mil aos fornecedores”, informou o economista Manuel Martins, membro da comissão, na última assembleia-geral do IAC. Uma das maiores preocupações da comissão é negociar com os credores públicos um aumento dos prazos de pagamento ou até mesmo um perdão parcial da dívida. Só na Segurança Social existe uma dívida de 980 mil euros, acrescidos de juros. A comissão apresentou o seu programa de acção onde apresenta como principais objectivos fazer a viabilização financeira do IAC, reestruturar a sua dívida e racionalizar actividades através de avaliações sectoriais. O grande objectivo neste momento é reduzir custos, prevendo-se poupanças de 10 por cento no fornecimento e serviços externos, cinco por cento nos custos com pessoal e outros cinco por cento no custo das matérias consumidas pela instituição. “São metas ambiciosas e assumimos o risco. Queremos mostrar que conseguimos fazer melhor. Podemos chegar ao final deste ano com melhores resultados. A situação é crítica e não há lugar para falhas”, informou Manuel Martins, economista que faz parte da comissão administrativa.Começar a pagar aos trabalhadores um dos ordenados em falta é outro dos objectivos da comissão para Janeiro de 2013. O responsável garantiu que o número de utentes se mantém e que por isso está afastada a possibilidade de despedir trabalhadores. A comissão estará em funções até Abril de 2013, altura em que serão eleitos novos corpos sociais para o IAC, uma das maiores instituições particulares de solidariedade social do concelho de Vila Franca de Xira que presta apoio a 800 utentes e emprega centena e meia de pessoas.

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