A Escola Superior de Gestão e Tecnologia (ESGTS) do Instituto Politécnico de Santarém (IPS) pode vir a acolher uma nova conferência de âmbito internacional, desta vez na área da gestão. A possibilidade ficou em aberto depois do sucesso da 7ª Conferência Europeia de Inovação e Empreendedorismo organizada pela ESGTS em parceria com a Academic Conferences International (ACI). Duas semanas depois da realização do evento, o presidente da ESGTS, Ilídio Lopes, ainda recebe o feedback positivo da iniciativa.Ainda antes de ser director da ESGTS Ilídio Lopes manifestou interesse em que Santarém acolhesse uma iniciativa desta dimensão. O facto do director já participar, desde 2005, em conferências da ACI, como orador e moderador, fez com que estabelecesse contactos mais directos com os responsáveis em Londres. Quando fez a proposta foi-lhe dito que o evento poderia realizar-se em Santarém em 2014. No entanto, houve a oportunidade de se realizar este ano. “Fiquei muito orgulhoso mas também um bocadinho preocupado porque tinha menos tempo para organizar tudo, mas felizmente correu tudo muito bem”, explica a O MIRANTE.O director da ESGTS refere que não foi fácil organizar um evento de tão grande dimensão onde estiveram presentes pessoas de 40 países. Ilídio Lopes certificou-se que todos os equipamentos do complexo funcionavam, nomeadamente o acesso à rede wireless. Outra dificuldade que encontrou foi a pouca oferta hoteleira na região e ao nível das ementas. “Eram muitas pessoas de diferentes nacionalidades e com diferentes hábitos gastronómicos mas acabou por correr tudo bem”, justificou.A Câmara de Santarém cedeu o Convento de São Francisco para realizar o jantar de conferência, onde a fadista Teresa Tapadas “deu um toque” da cultura portuguesa. Além disso, no último dia da conferência foi feita uma visita guiada ao centro histórico da cidade. Também no início de Janeiro de 2014 a ESGTS vai acolher um Encontro Nacional de Investigação na área da Contabilidade.Ilídio Lopes faz apenas uma crítica e para dentro do próprio politécnico. Foram submetidos 220 trabalhos a aprovação da conferência e 115 foram seleccionados para apresentação pública. Trinta e oito foram de institutos portugueses mas não houve nenhum do IPS. “Para agarrarmos a oportunidade de abrirmos o politécnico ao exterior é preciso trabalhar e fazer um trabalho bem feito. Confesso que tinha algumas expectativas que as pessoas da área da inovação e do empreendedorismo submetessem os seus trabalhos à conferência para mostrarem o seu valor, mas não aconteceu”, lamenta.