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Adega da Gouxa a respirar melhor na passagem dos cinquenta anos

Presidente da direcção diz que futuro será melhor se houver fusão de adegas
Constituída há precisamente meio século a Adega Cooperativa da Gouxa (ACG), em Alpiarça, está a viver melhores dias após um período problemático relacionado com uma baixa acentuada dos preços do vinho. Manuel Rafael, que trabalha na adega há 25 anos e que assumiu a presidência da direcção em 2002, diz que a qualidade nunca esteve em causa, até porque a adega sempre teve vinhos premiados mas que houve factores que dificultaram a afirmação da marca. "No último ano a situação registou melhorias porque o preço dos vinhos subiu mas desde 2001 até ao ano passado foi complicado uma vez que os preços do litro de vinho estavam muito baixos e as despesas eram muito altas. Felizmente as coisas estão a correr melhor", Explica. A adega recebe as uvas dos seus associados, transformam-nas e comercializam o vinho.A marca Gouxa tem vinho engarrafado embora a grande fatia das vendas seja o vinho a granel. "Neste momento é mais vantajoso vender vinho a granel quando antigamente era a venda do vinho engarrafado que suportava as despesas", revela. Segundo o dirigente associativo, o mercado português está saturado mas à semelhança de muitos produtores portugueses também a Adega Cooperativa da Gouxa está a começar a apostar na exportação. China, Brasil, Alemanha e Holanda são alguns dos países onde já foram estabelecidos contactos "A qualidade dos nossos vinhos, graças ao clima, castas e qualidade dos terrenos, faz com que eles tenham sucesso lá fora", explica.Manuel Rafael garante que não há grandes diferenças de qualidade dos vinhos ribatejanos em relação aos do Douro ou do Alentejo. Na sua opinião, o que faltou foi uma estratégia de marketing nos últimos dez anos, situação que está a ser ultrapassada. "Levamos um atraso de dez anos em relação às outras regiões do país mas, felizmente, estamos a recuperar e vamos no caminho certo", afirma.O presidente da Adega da Gouxa considera que existem adegas cooperativas a mais na região e que seria benéfica a sua fusão. No entanto, Manuel Rafael considera que isso não será fácil devido a antigas rivalidades.

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