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Ribatejo e Estado da Bahia ajustam parcerias para fortalecer oportunidades de negócio

Fórum “Exportar Brasil”, organizado pela Nersant e pelo AgroCluster do Ribatejo, abriu portas à concretização de alianças comerciais entre Portugal e Brasil.

As relações económicas entre o Ribatejo e o Estado da Bahia no Brasil podem vir a ser potenciadas devido à existência de alguns denominadores comuns, ao nível do tecido empresarial, nestas duas regiões. Para agilizar esta dinâmica e abrir portas à concretização de alianças comerciais ficou estabelecido, na passada semana, que a Associação Empresarial da Região de Santarém - Nersant vai organizar uma missão empresarial a esse estado brasileiro, em Maio do próximo ano, no âmbito da “Bahia Farm Show”, considerada uma das mais importantes feiras de tecnologia agrícola e negócios do Brasil. Em contrapartida, a Nersant prontifica-se a receber um grupo de empresários brasileiros na Fersant e Feira Nacional da Agricultura, que decorrem em Junho em Santarém.Estes foram os resultados da visita que o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil na Bahia, António Coradinho, e o secretário de Agricultura do Estado da Bahia, Eduardo Salles, fizeram à nossa região, na passada semana, no âmbito do Fórum “Exportar Brasil/Oportunidades de Negócios”, organizado pela Nersant e pelo AgroCluster, em Torres Novas. Na sessão, a comitiva brasileira ficou a conhecer as características do tecido económico diversificado do Ribatejo dando, em seguida, a conhecer também as potencialidades da Bahia, que possui o maior rebanho de caprinos e o segundo maior de ovinos do país. Pedro Salles explicou que a visita à região do Ribatejo se insere numa missão empresarial por Portugal, Espanha e França, e que tem como objectivo fazer prospecção de negócios nos sectores ligados aos queijos, presuntos, enchidos e vinhos.“A região baiana tem um grande potencial de produção mas ao longo dos anos esqueceu-se da agro-industrialização. Portugal tem um know-how muito grande na produção de enchidos e presuntos, com tecnologia e qualidade, e na produção de vinhos, com tecnologia e tradição. Viemos aprender com quem sabe”, referiu Eduardo Salles. Acrescentou que a indústria agroalimentar é o sector forte do Estado da Bahia mas que apresenta carência de agregação e tecnologia que lhe permita ganhar escala, lançando um repto à Nersant e ao AgroCluster, bem como a todas as empresas presentes, para a criação de “joint-ventures” e parcerias com empresas portuguesas, “para que sejam ultrapassadas as carências tecnológicas que a agroindústria baiana possui”.Pedro Félix, vice-presidente da comissão executiva da Nersant, em substituição da presidente da associação, Maria Salomé Rafael (ausente no estrangeiro em trabalho) frisou que “a região do Ribatejo é uma região com culturas agrícolas e produtos agroindustriais altamente competitivos” à semelhança do que acontece com o Estado da Bahia pelo que esta sessão pretendeu explorar as possibilidades de negócio que a Bahia proporciona a Portugal e vice-versa. Em relação ao repto lançado por António Coradinho, referiu que a Nersant vai começar a trabalhar, desde já, para identificar um conjunto de empresários que pretenda viajar para a Bahia em Maio.Na sessão, foi ainda apresentado o “AgroCluster Ribatejo” por Carlos Lopes de Sousa, presidente da direcção, que se mostrou bastante satisfeito com a recepção das empresas brasileiras na região. “O facto de terem vindo significa que temos capacidade de trabalharmos juntos”, frisou, acrescentando que o AgroCluster Ribatejo está disponível para “trabalhar de forma partilhada” e para “dialogar com o Brasil, aliás, país com o qual o AgroCluster Ribatejo já possui algumas ligações”.

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