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Nuno José Mira

48 anos, empresário construção civil, Chamusca

“O que mais aprecio nas mulheres é a paciência. Aprendemos principalmente com a excelente orientação que elas têm em relação à casa e ao dinheiro que têm que gerir. Penso que as mulheres são excelentes gestoras”* * *“Não guardo nada que não possa dizer às outras pessoas. Se toda a gente fosse mais directa e frontal não existiriam tantos problemas no mundo. Só não digo o que penso quando é mesmo necessário pensar duas vezes”

Bebe água da torneira sem receio?Bebo sempre água da torneira porque acredito na competência dos técnicos responsáveis pela qualidade da água. Na Chamusca temos boa água. Penso até que estamos mais bem servidos do que com a água das garrafas.Preocupa-o o facto de todos os dias serem anunciadas insolvências de empresas?Claro que sim. Não só porque essa situação é o reflexo da nossa economia mas também porque normalmente a insolvência de uma empresa tem o efeito dominó, ou seja, arrasta outras empresas. Nós os empresários estamos todos no mesmo barco e isso toca-me de perto.A quem é que colocava a cabeça no cepo?Não colocaria a cabeça de ninguém no cepo uma vez que uma cabeça rolada é menos uma cabeça a quem pedir responsabilidades e indemnizações sobre os desvios, premeditados, efectuados aos bolsos dos contribuintes. Mas alguns dos nossos políticos mereciam que nos atirássemos a eles, desde aquele que dizem que é o pai da nossa democracia, o Mário Soares, até ao actual Presidente da República, Cavaco Silva, que é o pai da crise.Hoje em dia ainda vale a pena comprar uma casa?Comprar uma casa vale sempre a pena, porque é uma mais valia para constituir família. Infelizmente hoje as famílias não duram muito tempo e isso já invalida essa mais valia. Mas ainda aconselho a quem tiver possibilidades, fazer ou comprar casa. É sempre melhor do que entrar no mercado de aluguer.Estamos no bom caminho para sair desta crise?As notícias que nos chegam são contraditórias. Num dia estamos no mercado, no outro temos aumento de impostos. O que sei é que a economia está asfixiada, não existe poder de compra, não existe emprego e, pior do que isso tudo, está a morrer a esperança entre o povo. Este governo, quando entrou, disse que ia fazer a diferença mas o que se sente é a falta de exemplos de topo. Temos a melhor costa da Europa, temos das melhores lezírias da Europa e ninguém sabe o que anda a fazer para que estas situações sejam rentabilizadas.O que o irrita mais quando vai a conduzir?A falta de civismo de alguns automobilistas. Aí também temos que dar alguma desculpa, porque há pessoas que vão a conduzir e ao mesmo tempo vão a pensar na sua vida e ela não é tão simples como isso. Já me aconteceu querer parar num sítio e quando dei por mim já estava dois ou três quilómetros à frente.O que podem aprender os homens com as mulheres?O que mais aprecio nas mulheres é a paciência. Aprendemos principalmente com a excelente orientação que elas têm em relação à casa e ao dinheiro que têm que gerir. Penso que as mulheres são excelentes gestoras.Diz sempre tudo o que pensa ou é dos que vai guardando até rebentar?Não guardo nada que não possa dizer às outras pessoas. Se toda a gente fosse mais directa e frontal não existiriam tantos problemas no mundo. Só não digo o que penso quando é mesmo necessário pensar duas vezes.Tem algum mealheiro em casa?Tenho. Há um mealheiro que é meu e da minha mulher e outro que é do meu filho. Vamos lá pondo umas moedinhas e ao fim do ano é muito bom contar essas moedas e ver que temos lá um bom dinheirinho. Agora temos lá em casa um mealheiro que só recebe moedas de um ou dois euros.Este Natal vai ser diferente?Não, vai ser igual aos anteriores. Temos sempre um Natal simples, passado em família, fazemos o jantar tradicional. É sempre o Natal possível. As prendas nunca foram muito grandes e agora vão continuar a ser assim.É aficionado da festa brava?Sou mesmo um grande aficionado. Adoro ver uma boa lide a cavalo e vibro ao ver uma grande pega de caras. E há outra coisa que gosto muito, que é ir a uma romaria a Espanha para ver uma corrida com toiros de morte. É ali que há a verdade do toureio. É tudo diferente do que se passa nas corridas a pé em Portugal.O que mudava na Chamusca se pudesse?Mudava o presidente da câmara. Não é porque tenha algo contra o Sérgio Carrinho, mas penso que precisamos de gente com novas ideias para ver se a Chamusca se desenvolve mais alguma coisa.

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