A Secção de Hóquei em Patins do União Futebol Entroncamento proporcionou uma tarde diferente a cerca de três dezenas de crianças e jovens da cidade. No dia 24 de Novembro, as crianças com idades entre os 3 e os 12 anos tiveram, muitos deles, o primeiro contacto com uns patins.O pavilhão Augusto Mateus encheu-se de alegria. O clube cedeu os patins, os técnicos de todos os escalões do clube ajudaram e foi bonito ver as crianças a patinarem, algumas desajeitadamente, caindo ali, levantando-se acolá, entre risos a gritos de alegria.A acção, que é para continuar, teve como objectivo cativar o máximo de jovens para o hóquei em patins. Uma modalidade que segundo o dirigente Mário Serra está em decréscimo. “O hóquei é uma modalidade com alguns custos, e com as dificuldades que todos nós sentimos, aceito que é cada vez mais difícil aos pais assegurarem a vinda de crianças e jovens para a modalidade”, disse.“Nós estamos cá para tentar contrariar esta situação. Estamos para ajudar os pais e os jovens. Uma das nossas apostas quando viemos para a direcção é o desenvolvimento da área da formação. Porque nada avança sem uma boa formação. Queremos que seja a base da equipa de seniores num futuro próximo, daí partirmos para acções deste género”, disse Mário Serra.Este dia sobre patins é uma das várias iniciativas que a direcção do União de Futebol do Entroncamento tem em calendário para este ano. “Iniciativas que passam essencialmente por dar a oportunidade a muitos miúdos a hipótese de andar sobre rodas”, afirmou Mário Serra.“Nesta altura estamos a trabalhar junto das escolas. Mas temos outras iniciativas marcadas. Assim que o tempo o permita vamos avançar para um dia de rua, onde os nossos jogadores e patinadores irão patinar pelas ruas do Entroncamento, para que todas as pessoas da cidade possam interagir com eles e possam voltar ao pavilhão a ver os seus jogos”.Mário Serra confessou-se muito satisfeito com o nível de adesão das crianças. “Para a primeira vez esta iniciativa teve uma participação que excedeu as nossas expectativas. Agora vamos ver quantos é que ficam para jogar nas nossas equipas jovens”, disse Mário Serra.O dirigente fez questão de reafirmar a vontade de trabalhar da actual direcção, que na sua opinião tem a vantagem de ter no seu seio três ou quatro directores que foram jogadores do clube e estão bem por dentro da modalidade. “Vivemos o clube e as modalidades, e isso obriga-nos a fazer mais e melhor para engrandecer o clube”.No que se refere ao hóquei sénior, o dirigente garante que a disputa da segunda divisão nacional é feita com muitas dificuldades, principalmente de ordem financeira. “Estamos a passar pela pior fase desde que chegámos ao clube. O nosso maior patrocinador é a Câmara Municipal do Entroncamento e quando esse patrocínio nos é dado com um atraso de seis, sete, oito ou dez meses, é difícil cumprir com os custos fixos mensais que temos. Até agora temos conseguido cumprir. Também porque apesar de termos subido de divisão, não alterámos em nada o orçamento para o hóquei sénior”, disse Mário Serra.