Anabela Gaspar de Freitas, 46 anos, técnica de emprego pertencente ao quadro do Instituto de Emprego e Formação Profissional, é a candidata do Partido Socialista (PS) à Câmara de Tomar nas eleições autárquicas de 2013. A decisão foi tomada, por unanimidade, na tarde de sábado, 24 de Novembro, acto que juntou cerca de uma centena de pessoas na Cafetaria do Convento de Cristo. A candidatura de Anabela Freitas, actual presidente da concelhia socialista de Tomar, foi a única sujeita ao escrutínio de 33 votantes, em 36 possíveis, tendo como mote “Mudança”, palavra em destaque num painel que foi colocado junto ao púlpito, logo que o resultado foi divulgado. “Todos nós temos vindo a assistir ao definhar do concelho, ao desperdício de fundos comunitários e a uma gestão ruinosa do nosso património histórico, cultural e humano. Basta! É tempo de mudança”, disse a candidata. António Gameiro, Presidente da Federação Distrital do PS, esteve presente manifestando a sua satisfação pelo PS de Tomar estar unido a uma só voz. Anabela Freitas nasceu e estudou em Tomar, tendo concluído a sua formação superior no Instituto Politécnico de Tomar, em Recursos Humanos. Exerceu, entre 2005 e 2009, as funções de directora do Centro de Emprego de Tomar, ano em que rumou à Assembleia da República como deputada, até às eleições de 2011. Integrou de novo a lista de candidatos a deputados pelo PS, em 2011 e regressou recentemente ao Parlamento como deputada, em substituição de João Galamba (em licença de paternidade). Foi presidente das mulheres socialistas do Ribatejo, é membro da Comissão Nacional do PS e da Assembleia Municipal de Tomar. Profissionalmente esteve colocada em vários dos Centros de Emprego do Distrito de Santarém. A nível associativo é presidente da assembleia geral do Sporting Clube de Tomar, filial número 1 do Sporting Clube de Portugal. O acto eleitoral ficou marcado por um protesto de José Mendes, membro da comissão política, por achar que, antes da votação, se devia ter realizado um debate e análise prévia da candidatura. “Como não me foi dada a palavra para poder apresentar as minhas matérias, razões, críticas e reflexões, até pela necessidade que o concelho tem de nós termos uma candidatura forte, não vou participar num acto com o qual não estou de acordo”, argumentou. A cada votante foi entregue um papel em branco onde deviam escrever “sim” ou “não”. Foram notadas as ausências de Carlos Silva e José Vitorino, que foram os cabeça-de-lista do PS, respectivamente, nas eleições de 2005 e 2009. Em Tomar, até este momento, apenas a candidatura de Ivo Santos, pelo CDS-PP, era conhecida.