Autarcas da Lezíria pedem medidas que respondam a situação “dramática” de famílias
A Assembleia da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) aprovou uma recomendação em que apela à adopção de medidas imediatas que respondam à situação “dramática” que vivem muitas famílias na região. Numa recomendação ao executivo da CIMLT aprovada em reunião realizada em Santarém, os eleitos dos 11 municípios consideram que a situação na região “é dramática”, dada a “incapacidade de resposta” da Segurança Social.A recomendação, proposta pela CDU, afirma que a Segurança Social “encaminha as famílias para os municípios que, em alguns casos, já esgotaram a sua capacidade de intervir”. O texto recomenda ao executivo da CIMLT que se reúna com o director distrital da Segurança Social, “no sentido de dar maior dinamismo às redes sociais a funcionar nos municípios e implementar medidas imediatas de apoio às famílias mais carenciadas”.A recomendação sublinha que as instituições particulares de solidariedade, “que estão a substituir o Estado nas suas funções de apoio às famílias mais carenciadas - num trabalho notável de solidariedade com a colaboração de dezenas de mecenas e voluntários -, estão no limite das suas capacidades”.Por outro lado, os municípios e as freguesias, “que sempre foram o primeiro recurso de quem precisa de ajuda, têm feito o milagre da multiplicação dos recursos, mas não é possível esticar mais”. O documento critica o facto de haver escolas “que continuam a deitar para o lixo as refeições sobrantes por imperativo legal”, quando as “crianças com fome poderiam levar essas refeições para casa”, e de haver hipermercados “que diariamente depositam no reservatório dos Resíduos Sólidos Urbanos centenas de quilos de alimentos em perfeito estado para serem consumidos”.
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