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Uma cidade do Natal montada numa garagem do Cartaxo

Uma cidade do Natal montada numa garagem do Cartaxo

Um bombeiro de profissão criou na garagem de sua casa, no Cartaxo, um presépio que é uma verdadeira cidade do Natal. A obra de arte chama a atenção dos vizinhos, de quem passa na rua e há até infantários que organizam visitas ao local para que os meninos possam apreciar o presépio.Luís Ramalho, 46 anos, pai de quatro filhos, descobriu esta paixão ainda em pequeno quando ajudava os pais a montar o presépio que faziam na Ribeira do Cartaxo, às vezes em colaboração com alguns vizinhos.Já casado, ainda a viver com esposa na casa da mãe, começou por fazer o presépio junto à janela, roubando ano após ano espaço à sala. Quando o casal se mudou para casa própria o presépio começou por ser feito em cima dos móveis. “Um dia cheguei a casa e tinha os móveis vazios, cobertos com plástico e musgo por cima”, diz com um sorriso a esposa, Helena Agostinho.Entretanto a família mudou de móveis e o presépio, que continuava a crescer de ano para ano, passou a ser feito na garagem. Toda a área da garagem é ocupada com excepção de um pequeno espaço que é usado para abrir e fechar o portão do nº 48 da rua José Maria Nicolau. O presépio vai evoluindo de ano para ano. Em 2012 a novidade é o homem que assa o porco no espeto, o padeiro que leva o pão ao forno, o cavalo que anda à nora e o moinho de água. As figuras movimentam-se graças ao engenho do bombeiro de profissão que utiliza motores de micro-ondas, pára-brisas de carros e aquecedores para dar vida às personagens miniatura. As peças dos electrodomésticos são respigadas em ferro velho. Os bonecos que animam o presépio são guardados de ano para ano. “Se há algum boneco que um dos meus filhos deixa de usar guardo-o a pensar no presépio”, explica.A esposa, mas também os filhos, Rodrigo, de 18 anos, Maria João, de 12, Bruno de 10, Ildefonso de 4, ajudam na preparação do espaço. “O mais difícil é montar toda estrutura”, confidencia o bombeiro que vai buscar musgo ao mato e areia ao Tejo para decorar o cenário salpicado aqui e ali por bolinhas de esferovite. A água que atravessa a cidade pobre e a cidade rica do Natal, criadas por Luís Ramalho, está num circuito e por isso não há desperdício. O presépio é amigo do ambiente.A luz está preparada para disparar e iluminar o presépio caseiro quando fica noite e há até uma câmara de vigilância escondida para evitar visitas do amigo do alheio, como aconteceu no ano passado. O presépio que é um orgulho para a família, instalado a 5 de Dezembro, pode ser visitado todos os dias das 9h00 às 22h00 até 6 de Janeiro.
Uma cidade do Natal montada numa garagem do Cartaxo

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