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Miguel Relvas reconhece que Governo tem falhado na relação com a imprensa regional

Sou assinante de O MIRANTE. Lembro-me do tempo em que uma assinatura anual custava 5 euros. Aquele preço muito baixo era uma solução para captar leitores. Se o jornal conseguia receitas publicitárias suficientes para pagar aos seus trabalhadores, à gráfica e à distribuição, porque haveria de estar a sacrificar os leitores obrigando-os a pagar uma assinatura mais cara? Assim não o entendeu o secretário de Estado que tutelava então a comunicação social, o socialista Arons de Carvalho, provando que percebe tanto de imprensa regional como de lagares de azeite. Numa atitude incompreensível e inqualificável fixou um preço mínimo de assinatura (normalmente para se protegerem os consumidores fixam-se preços máximos) para os jornais regionais, de 15 euros. Aquela era uma das condições para quem quisesse beneficiar do porte pago - o pagamento que o Estado fazia aos correios relativo ao envio dos jornais que chegou a ser de 100 por cento e que foi diminuindo drasticamente. Ou seja, o senhor Arons fez tudo mal. Cortou no apoio ao envio dos jornais, que era um apoio aos leitores e não aos jornais porque o dinheiro não passava por eles e ao mesmo tempo fez os leitores de O MIRANTE, que quisessem continuar a ler o jornal, passarem a pagá-lo ao triplo do preço. A cereja em cima do bolo foi obrigar os assinantes a pagar antecipadamente a assinatura. Tudo isto aconteceu há mais de uma década. Na altura o senhor Miguel Relvas e outros ilustres do PSD devem ter prometido reverter o mal feito pelo secretário de Estado logo que fossem eleitos. Não o fizeram e não acredito que o venham a fazer. As declarações de Miguel Relvas são iguais a tantas outras que os políticos normalmente fazem quando se aproximam eleições. E para o ano são as eleições autárquicas, aquelas a que só os jornais regionais dão importância. Os jornais de Lisboa, mesmo que queiram, só conseguem acompanhar as autárquicas nas grandes cidades.Rui Ricardo

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