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Autarcas de freguesias alertam para aumento das tensões sociais com extinção de juntas

Próximas eleições autárquicas podem estar em risco, adverte porta-voz das freguesias do distrito de Santarém
O movimento “No Ribatejo Freguesias Sim” adverte para o aumento das “tensões sociais locais” caso a lei que impõe a extinção de 1.665 freguesias seja aplicada, avisando que “o próximo acto eleitoral não vai correr bem”. No distrito de Santarém está previsto o desaparecimento de 52 juntas de freguesia.No final de uma reunião realizada em Santarém, Augusto Figueiredo, porta-voz das freguesias do distrito de Santarém que contestam a reorganização administrativa, aprovada recentemente no Parlamento, disse à Lusa que, pelo que ouviu dos autarcas, o próximo acto eleitoral, as autárquicas de 2013, “pode estar em risco”.Reafirmando que o mapa aprovado pela maioria governamental foi “imposto sem ouvir ninguém”, não sendo aceite nem por autarcas nem pelas populações, o também presidente da Junta de Freguesia da Asseiceira (Rio Maior) afirmou que esta “indignação” cresce ainda mais quando os autarcas se deparam com “erros técnicos”.Augusto Figueiredo deu como exemplo que, em Alcanena, a nova divisão foi feita a partir de uma estrada nacional (363) “que não existe”, demonstrando que o trabalho realizado pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT), que definiu as agregações sempre que os órgãos locais não o fizeram, “não merece confiança do próprio ponto de vista técnico”.Da reunião saiu a decisão de mobilizar autarcas e populações para “participarem activamente” na manifestação agendada pela Associação Nacional de Freguesias para o próximo dia 22 em frente ao palácio de Belém e para o envio ao Presidente da República dos postais feitos pela Anafre.O porta-voz do movimento afirmou que se está a “instalar um clima de medo e de pressão sobre os autarcas” que estão a participar na luta contra uma lei que altera a configuração de “metade do mapa do país”, já que “não são 1.665 freguesias que são extintas mas sim metade das freguesias do país” que vêem o seu território alterado.

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