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Coruche não descansa da luta contra extinção de freguesias

Coruche não descansa da luta contra extinção de freguesias

Autarcas e populares recusam-se a aceitar proposta da união da Fajarda e Erra a Coruche

O concelho de Coruche não baixa os braços, mesmo depois de a unidade técnica ter proposto a agregação das freguesias da Fajarda e da Erra a Coruche. Os autarcas defendem que a realidade do concelho está bem com oito freguesias e prometem lutar para travar a aplicação da Lei.

Um protesto contra a proposta da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território que prevê a agregação das freguesias da Fajarda e da Erra à de Coruche juntou várias dezenas de pessoas na manhã de sábado, 15 de Dezembro, em frente ao Mercado Municipal de Coruche. A manifestação surgiu através do grupo de trabalho que já se constituiu na assembleia municipal para lutar contra a proposta da criação desta “mega-freguesia”. O presidente da Câmara Municipal de Coruche, Dionísio Mendes (PS), ainda mantém a esperança que haja um recuo em relação à aplicação da Lei 22/2012. “Para o nosso concelho é uma proposta completamente descabida que pretende agrupar numa só freguesia 11 750 pessoas e onde os limites de duas das freguesias distam cerca de 40 quilómetros”, apontou. O autarca socialista defende que não se trata de uma “birra” e que o concelho deve manter-se tal como está, especialmente “nas zonas rurais onde as juntas de freguesia têm um papel indispensável na relação de proximidade com os munícipes”. Dionísio Mendes apelou ainda à população para demonstrar o seu descontentamento nas eleições autárquicas do próximo ano. O presidente da Junta de Freguesia de Coruche, Jacinto Barbosa (PS), aproveitou para mostrar a importância do trabalho desenvolvido. “Este ano canalizámos cerca de 13 mil euros para apoiar as famílias mais carenciados com bens alimentares, tendo abdicado de realizar alguns eventos, como o almoço dos reformados ou a prova dos vinhos”, referiu. Também o presidente da Junta de Freguesia de Erra, Joaquim Duarte (PS), salientou os cerca de 25 quilómetros que as pessoas vão passar a ter de percorrer para chegarem ao centro de Coruche, onde está previsto que fique a sede, e a quase ausência de transportes públicos. “Quando se luta nem sempre se ganha, mas quando não se luta perde-se sempre”, referiu por sua vez o presidente da Junta da Fajarda, Ilídio Serrador (CDU). Telmo Faria, morador na Fajarda, foi um dos populares que se juntou ao coro de protestos, aproveitando para referir que as “juntas deveriam ter ainda mais competências e são imprescindíveis no trabalho de proximidade com as populações”. O grupo de trabalho que se constituiu já lançou uma petição online contra a proposta que pretende recolher 4000 assinaturas. Também já pediu audiências aos grupos parlamentares e está a estudar a possibilidade de avançar com providências cautelares para travar a extinção de freguesias. A manifestação contou com a presença da Sociedade Instrução Coruchense, dos ranchos folclóricos da Erra e da Fajarda. Recorde-se que a Assembleia Municipal de Coruche optou por não apresentar nenhuma proposta alternativa ao mapa territorial autárquico.
Coruche não descansa da luta contra extinção de freguesias

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