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Nova administração da Águas de Santarém despede técnicos contratados por Moita Flores

Dois quadros superiores colocados na empresa municipal pelo anterior presidente da Câmara de Santarém na fase final do seu mandato receberam guia de marcha do novo líder do município, Ricardo Gonçalves. Contenção de custos foi a justificação apresentada.

O novo conselho de administração da empresa municipal Águas de Santarém, que entrou em funções no início de Novembro, não perdeu tempo a marcar terreno tendo dispensado dois quadros superiores que tinham sido contratados nos últimos meses pela anterior administração, chefiada por Moita Flores, a quem o actual presidente da câmara Ricardo Gonçalves (PSD) sucedeu na liderança da autarquia e da empresa.A rescisão com os dois funcionários é justificada por Ricardo Gonçalves com os “elevados” vencimentos que auferiam e com a necessidade de “racionalização e contenção de custos” na empresa. Os salários dos dois quadros, um engenheiro e um director comercial, andariam entre os 2 mil e os 3 mil euros, a que se somariam outras regalias. A directora geral da Águas de Santarém, Marina Ladeiras, optou por não fazer comentários, remetendo-nos para o conselho de administração.Ainda segundo o presidente da Câmara de Santarém, a política actual quer na Águas de Santarém quer na outra empresa municipal, a Viver Santarém, passa por dar primazia a quadros já com ligação à autarquia ou às empresas municipais em detrimento da contratação externa. Há pouco tempo cessou também funções José Valentim, um quadro ligado à área da cultura trazido de Lisboa por Moita Flores em 2005 e que foi um dos homens fortes da empresa municipal Cul.Tur, recentemente extinta.Os recados de Moita O despedimento dos dois funcionários causou alguma surpresa na empresa, devido ao pouco tempo que ambos tinham de actividade e à forma abrupta como se desencadeou o processo. O desfecho também não terá passado despercebido a Francisco Moita Flores, que no seu blog “Projétil” na Internet se refere de forma crítica ao despedimento dos dois quadros superiores. “Não se lhes deu uma explicação. Não se lhes deu tempo para reorganizarem as suas vidas. Gente com prestígio curricular e trabalho sério e honrado. Tratados como se fossem cães vadios. Decisão tão arbitrária quanto cruel. Que não fala sobre os despedidos. Diz tudo sobre quem brutalmente o decidiu sem olhar a condições de dignidade humana. É este o caminho de quem usa o Poder para o arbítrio e para a pesporrência. Os medíocres adoram estar rodeados de medíocres. Temem os homens superiores e com qualidade. E isto faz a grande diferença entre servir a Política com nobreza e alteridade ou torná-la no covil da maior miséria moral. Que Deus lhes perdoe a bestialidade”, escreve Moita Flores, sem nunca referir nomes, num discurso que encaixa na situação ocorrida.

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