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Família Céu continua a mandar na Fundação José Relvas de Alpiarça

Presidente Manuel Miranda do Céu continua ao fim de 10 anos porque havia pessoas “sem categoria” a quererem apoderar-se da instituição
Manuel Miranda do Céu foi eleito para o quarto mandato como presidente do conselho de administração da Fundação José Relvas, em Alpiarça. Há mais de dez anos que o pai do ex-presidente da câmara local está à frente da instituição e disponibilizou-se aos 85 anos para continuar apesar de ter dito a O MIRANTE em Maio deste ano que não estava interessado em continuar na instituição por se sentir cansado. O dirigente disse a O MIRANTE que tomou a decisão de se recandidatar por ter pena dos idosos e das crianças da Fundação quando se apercebeu que havia pessoas “interessadas em apoderar-se da Fundação José Relvas sem terem categoria para lá entrarem”. A fundação continua assim nas mãos da família. Miranda do Céu já foi acompanhado na instituição pela sua nora que era directora-geral que entretanto se reformou e pelo filho, Joaquim Rosa do Céu, que pertenceu à direcção por inerência do cargo de presidente da Câmara de Alpiarça. Miranda do Céu integrava a única lista que concorreu às eleições da maior instituição de solidariedade do concelho de Alpiarça. Dos 40 elementos que podiam votar apenas 27 compareceram na assembleia-geral, tendo Miranda do Céu recolhido 20 votos. Houve cinco que votaram em branco e dois abstiveram-se. Manuel Miranda do Céu já vai no quarto mandato apesar de a lei limitar a dois os mandatos dos membros da direcção de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Mas a lei também permite a recondução dos dirigentes nestas circunstâncias se tal for justificado como de interesse para a instituição. A Assembleia Geral é constituída por 40 pessoas de entre os maiores contribuintes do concelho, segundo definido no testamento de José Relvas e reflectido nos estatutos da instituição. Alguns contribuintes protestaram com a forma como foi elaborada a lista de contribuintes uma vez que apenas o nome de 31 foram fornecidos pelas Finanças e os restantes tiveram que ser repescados da listagem anterior. Esta situação deve-se ao facto de nem todos os 40 maiores contribuintes terem autorizado a divulgação dos seus nomes. Além disso, há nomes cujos dados são referentes a 2009 e outros a 2010. Também houve quem protestasse por haver elementos na assembleia com procuração para votar em nome de vários elementos, apesar de legalmente o poder fazer. Para o cargo de secretário foi eleito Luís Claudino. Esta função era desempenhada por Joaquim Garrido que se demitiu do cargo duas semanas antes das eleições. As últimas eleições tinham ocorrido em 2005. Manuel Miranda do Céu acabou por fazer um mandato de sete anos, quando os estatutos prevêem três. A situação deveu-se ao facto de as Finanças não fornecerem em tempo útil a lista dos quarenta maiores contribuintes do concelho.Um dos três administradores da fundação, Joaquim Garrido, que foi candidato do PS à Câmara da Chamusca numa altura em que Joaquim Rosa do Céu era o coordenador do partido para as eleições autárquicas, demitiu-se antes da assembleia geral que reconduziu Miranda do Céu na fundação. Joaquim Garrido apenas confirma a demissão do cargo e não quer prestar mais esclarecimentos. O MIRANTE tentou pela primeira vez assitir à assembleia geral de contribuintes da Fundação José Relvas mas fomos impedidos pelo presidente da assembleia geral, Paulo Lopes, invocando os estatutos da associação. Apesar de haver contribuintes que assumiram perante o presidente da assembleia geral que a presença da comunicação social seria positiva para a vida democrática da instituição, Paulo Lopes não mudou de ideias.

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