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Andreia Correia Bernardo

25 anos, solicitadora, Moçarria (Santarém)

“Não tenho cartões de crédito. Quando me abordam na rua ou me telefonam recuso sempre. Não quer dizer que mais tarde não venha a ter um mas terei que fazer muito bem as contas para perceber se tenho possibilidades de o pagar. O cartão de crédito é uma bola de neve. As pessoas ficam com dinheiro mas esquecem-se de que no fim do mês vão ter que pagá-lo”* * *“Quando alguém que não conheço mete conversa tento ser simpática. Compreendo que as pessoas sintam necessidade de desabafar quando estão na fila do supermercado. Respondo sempre. Até percebo que as pessoas mais velhas, por exemplo, precisem de conversar um pouco”

Cozinhar é um sacrifício ou um prazer?Gosto de cozinhar. É uma coisa que me dá prazer ao fim do dia e alivia o stress. Faço de tudo. Sopas, carnes, peixes e sobremesas também. Gosto de fazer pratos mais elaborados ao fim-de-semana, como lasanha por exemplo, porque tenho mais tempo. Faço todos os dias o jantar. A minha sogra fez-me um saco térmico e agora, desde há três semanas, também trago o almoço para o escritório.Costuma andar de transportes públicos?Andei de transportes públicos enquanto estudei, porque também tinha bons horários. Agora, como trabalho em Santarém e moro na Moçarria, tendo em conta que é difícil conciliar horários, opto por viajar de carro. A pessoa ganha esse hábito e torna-se difícil alterá-lo. É capaz de investir 100 euros numas calças?Não (risos)! Posso comprar alguns artigos de 20, 30 e até 40 euros. A partir desse valor torna-se proibitivo para mim. Não valorizo umas calças porque custam 100 euros ou um casaco porque custa 200. Sou muito concentrada no essencial. Também pelas noções de poupança que os meus pais me incutiram. Ensinaram-me a pensar primeiro naquilo que há para pagar e depois nos gastos supérfluos. Seria capaz de emigrar para conseguir um emprego?Já pensei várias vezes nisso mas acho que não seria capaz porque gosto demasiado do meu país e da minha terra. Isto embora me sinta triste com o estado das coisas. Só se ouve falar em aumentos e cortes. Tem cartões de crédito?Não tenho cartões de crédito. Quando me abordam na rua ou me telefonam recuso sempre. Não quer dizer que mais tarde não venha a ter um, mas terei que fazer muito bem as contas para perceber se tenho possibilidades de o pagar. O cartão de crédito é uma bola de neve. As pessoas ficam com dinheiro mas esquecem-se de que no fim do mês vão ter que pagá-lo. Tem algum livro de cabeceira?Os livros que leio têm que ver com a minha actividade profissional. Gosto mais de ver filmes do que ler livros. Gosto de cinema em casa. Acho que já não saio para ir ao cinema há dois anos. Nem é por questões económicas. É mesmo porque sou muito caseira. Irrita-a quando alguém que não conhece mete conversa?Todos nós temos dias... Quando alguém que não conheço mete conversa tento ser simpática. Compreendo que as pessoas sintam necessidade de desabafar quando estão na fila do supermercado. Respondo sempre. Até percebo que as pessoas mais velhas, por exemplo, precisem de conversar um pouco.Além do trabalho que actividades tem?Desisti do ginásio porque quase nunca lá ia. Actividades domésticas tenho bastantes (risos). Lá em casa gosto de ser eu a fazer tudo. Sempre fui habituada a isso e mesmo em casa dos meus pais também ajudava. Os meus pais têm uma casa de praia na Nazaré e fazemos algumas escapadinhas aos fins-de-semana. Também vamos para Lisboa de vez em quando para mudar de ares. Considera-se feminista?Considero-me adepta da igualdade para todos. Defendo muito o lado feminino da coisa, é verdade... Quando o meu namorado faz alguns comentários sobre a condução das senhoras repreendo-o logo. Acho que as mulheres continuam a ser alvo de discriminação embora tenha que confessar que nunca a senti na pele. Qual é a sua viagem de sonho?Tenho muitas viagens de sonho... Quando a conjuntura melhorar gostava de começar a viajar mais. Tenho curiosidade de conhecer países orientais.

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