O executivo da Câmara Municipal de Rio Maior, liderado por uma coligação PSD/CDS, decidiu na sexta-feira, por unanimidade, manifestar o seu apoio a todas as juntas de freguesia do concelho que em tempo oportuno solicitem colaboração ao município no âmbito da contestação à reforma administrativa em curso, promovida pelo actual Governo PSD/CDS.A deliberação surgiu na sequência de um pedido de apoio formulado por três juntas de freguesia (Azambujeira, Assentiz e Malaqueijo) que estão em risco de agregação e decidiram avançar com providências cautelares junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria contra a aplicação da lei. Esses processos têm de dar entrada até esta segunda-feira, 11 de Fevereiro, e representam um custo, cada, de cerca de 1300 euros mais IVA. Quantias que a câmara, com a decisão agora tomada, se predispõe a pagar.Refira-se que para além de o executivo camarário de maioria PSD/CDS contestar assim de forma prática uma lei criada por um Governo da mesma cor política, soma-se o facto de a presidente da câmara, Isaura Morais, ser a líder da distrital de Santarém do PSD.Inicialmente, a maioria, pelas vozes da presidente Isaura Morais e do vice-presidente Carlos Frazão, mostrou-se hesitante em comprometer-se com patrocínio financeiro à luta das freguesias, apesar de terem reiterado a sua solidariedade institucional. Mas a insistência por parte dos vereadores socialistas acabou por surtir efeito. Carlos Nazaré, vereador e anunciado candidato do PS à câmara nas próximas autárquicas, disse que só palavras não bastavam e que não estava ali “para fazer de conta”. Já Silvino Sequeira, um ex-presidente da edilidade, defendeu que havia necessidade de tomar uma decisão política e que a proposta do PS era que a câmara apoiasse as freguesias que avancem para tribunal.