São três figuras emblemáticas do Pombalinho, pequena aldeia com cerca de 500 habitantes que se mudou recentemente do concelho de Santarém para o da Golegã. Numa tarde solarenga e fria encontrámo-los à entrada da junta de freguesia e metemos dois dedos de conversa antes de lhes pedirmos que posem para a fotografia. Georgina Santana Júlio, 76 anos, à esquerda na imagem, ex-professora primária e mãe do presidente da junta freguesia, acaba de transportar dois vizinhos idosos à extensão de saúde, que funciona no edifício da autarquia. Conversadora, enérgica e bem disposta, diz aos repórteres de O MIRANTE que continua a ajudar a vizinhança naquilo que pode e faz questão de nos revelar que Maria Luísa Narciso Duarte (ao centro), 80 anos, é a “poeta e uma das maiores inteligências da terra”, com um livro editado que se chama “Pedaços da Minha Terra”. Uma queda reteve-a em casa nos últimos dois meses e é a primeira vez que sai à rua desde o acidente. A compilação de poemas que Maria Luísa publicou é uma homenagem à freguesia que agora cortou amarras administrativas com Santarém, sem ondas nem convulsões, para satisfação geral. Como é disso exemplo o ex-autarca na freguesia, antes e depois do 25 de Abril, Ernesto Eugénio Hilário, 82 anos, um homem que fez vida como empreiteiro de construção civil e que acha bem que o Pombalinho procure novos horizontes de desenvolvimento. João Calhaz