Já estou farto destes teóricos. E também já estou farto dos exemplos positivos que estão sempre noutras cidades. Quem determina o investimento num determinado local não é a existência de gabinetes autárquicos de apoio aos investidores ou de facilidades e isenções de taxas. Se assim fosse haveria regiões do interior de Portugal que estavam cheias de fábricas. Com as deslocalizações passa-se o mesmo. As lógicas empresariais não são determinadas pelas reivindicações municipais ou pelos investimentos públicos. Não perceber isto é não perceber nada. E que raio de história é essa de criticar o poder político pela imagem desoladora de edifícios industriais abandonados em Vila Franca de Xira? Há alguma cidade ou vila de Portugal que não tenha uma imagem desoladora de edifícios industriais abandonados? E se há foi por mérito das políticas locais? Não brinquem comigo!!! Quanto às limitações impostas ao ordenamento do território isso também foi chão que deu uvas. Hoje o desenvolvimento tem que ser pensado com sustentação ambiental. Não é fazer tudo e mais alguma coisa em nome do progresso e da criação de umas dezenas de postos de trabalho que amanhã desaparecem sem deixar rasto. Há zonas do país onde nunca deveriam ter sido instaladas empresas. Há zonas do país onde deve continuar a ser proibido instalar unidades industriais. Há outras zonas do país que têm todas as condições para as receber. Não pode haver uma zona industrial em cada terra. Jorge Mega