Mais de duas centenas de pessoas marcaram presença no pavilhão do Clube Desportivo “Os Águias” de Alpiarça na tarde de sábado, 16 de Fevereiro, para assistirem à apresentação oficial da candidatura do empresário Francisco Cunha à presidência da Câmara de Alpiarça nas próximas eleições autárquicas. Apesar de se assumir como candidato independente, e garantir que nenhuma força política ainda respondeu ao seu pedido de apoio, foram várias as caras conhecidas do meio político de Alpiarça que estiveram presentes.Gabriela Coutinho (ex-vereadora do PS na câmara) e Carlos Coutinho, filiado no PSD e actual administrador da empresa municipal Desmor (Rio Maior), estiveram presentes mas Francisco Cunha explica que são familiares próximos e daí as suas presenças. O mandatário da campanha, Benjamim Gonçalves Monteiro, foi vereador da Câmara de Alpiarça pelo PPD. O marido da ex-presidente do município Vanda Nunes (PS) e o marido e pai da actual vereadora do PS, Sónia Sanfona, também estiveram presentes, assim como o deputado municipal Paulo Sardinheiro (independente eleito pelo PS) e o actual presidente da assembleia municipal, Mário Santiago (independente eleito pela CDU). O MIRANTE sabe que existe a possibilidade do Movimento Alpiarça é a Razão (movimento político ligado ao PS) poder vir a apoiar a candidatura de Francisco Cunha mas por enquanto esse rumor não passa de uma hipótese, devido às ‘guerras internas’ que se vivem na concelhia do PS de Alpiarça. Agência de comunicação trata da campanhaO candidato sentiu necessidade de recorrer aos serviços de uma agência de comunicação uma vez que, confessa, não percebe nada dos mecanismos que estão por detrás de uma campanha eleitoral. “Como não tenho a estrutura e a máquina de um partido para me ajudar, aproveito o facto de esta agência de comunicação ser accionista da minha empresa de vinhos e pedi-lhes ajuda”, explica.No seu discurso, Francisco Cunha afirma-se como um homem mais de fazer do que de falar. O empresário vitivinícola acusa os executivos PS e CDU que governaram a Câmara de Alpiarça nas últimas décadas de má gestão e que isso se reflecte no momento “difícil” que se vive actualmente em Portugal. “É por estar cansado de um sem número de erros, de incompetências, por vezes até de maldade e injustiças que decidi candidatar-me à presidência da Câmara de Alpiarça. Acredito que os últimos 35 anos deram-me conhecimentos e experiência para liderar uma equipa que permita que Alpiarça passe a ser uma terra da qual nos possamos orgulhar”, afirmou acrescentando que se for eleito presidente vai querer receber apenas 50 por cento líquido do vencimento bruto do presidente de câmara durante a primeira metade do mandato.