A empresa municipal Viver Santarém reduziu o seu conselho de administração de cinco para três elementos, mantendo-se apenas o administrador executivo Luís Arrais com funções remuneradas (com salário equivalente ao de um vereador a tempo inteiro). Essa decisão, na sequência da alteração de estatutos da empresa, decorre da obrigação de esta se adaptar à nova lei da actividade empresarial local que fixa um número máximo de três lugares nos conselhos de administração das empresas municipais. A Viver Santarém foi criada no ano passado e resultou da fusão de três empresas municipais (Scalabisport, Cul.Tur e STR-URBHIS) em apenas uma, que passou a gerir as áreas do Desporto, da Cultura, do Turismo e da Reabilitação Urbana. Todas essas empresas tinham conselhos de administração com três elementos mas com a criação da Viver Santarém a câmara optou por uma administração com cinco pessoas e que teve vida breve.O PS aproveitou a aprovação dos novos estatutos da empresa municipal para criticar em reunião de câmara a maioria PSD, acusando-a de “gestão casuística ao sabor do vento”. António Carmo questionou por que razão não se tomou logo na altura a decisão de ter apenas três elementos na administração da Viver Santarém, poupando no pagamento de senhas de presença, quando já se sabia que estava para sair um novo enquadramento legal.Na resposta, o vereador António Valente (PSD), que se mantém como presidente do conselho de administração da Viver Santarém, referiu que na altura em que foram aprovados os anteriores estatutos ainda não tinha saído a nova lei e que a empresa teve seis meses para se adaptar a ela. “Sabemos muito bem o que estamos a fazer, tanto que a fusão das empresas municipais foi feita na altura certa. Se há aqui alguém desorientado acerca das empresas municipais não somos nós”, disse.