Queixas de atrasos de mais de um mês no correio em Vila Franca de Xira
Desde dia 2 de Janeiro que João Neto não recebia qualquer correspondência em sua casa, em A dos Bispos, Vila Franca de Xira. A situação causou-lhe estranheza e revolta, o que levou a ir à estação de correios da cidade pedir explicações para o sucedido. Falou com um responsável da estação a 31 de Janeiro e, no dia seguinte, tinha na caixa de correio 13 cartas. Os atrasos na entrega do correio chegam a ser de mais de um mês. A situação afecta também as localidades de São João dos Montes e Alhandra e já foi tema de discussão na Câmara de Vila Franca. Os CTT informam que já fizeram um reforço do pessoal para fazer face às necessidades que consideram temporárias.“Esta situação é inconcebível para quem paga as suas contribuições. Tenho estado à espera de declaração do IRS, da carta verde do seguro do carro e assim continuo”, explica João Neto. O mesmo acontece com documentos como cheques, vales de pensões e outros que tardam em chegar ao destino. O morador diz que contactou o responsável dos Correios de Vila Franca de Xira que lhe disse existirem apenas nove carteiros para os 21 giros e que a prioridade, nas condições actuais, é a entrega de cartas registadas e de correio azul.O assunto foi abordado na última reunião do executivo municipal de Vila Franca de Xira. Segundo a presidente da autarquia, Maria da Luz Rosinha (PS), a situação é fruto das contenções financeiras adoptadas pelos CTT e da ausência de recursos humanos. A autarca assegura que está a acompanhar a situação e que a empresa de distribuição de correio informou-a de que estão a tentar reorganizar-se dentro das condições existentes.A empresa CTT, contactada por O MIRANTE, refere que a distribuição de correio na zona em causa tem sido assegurada de acordo com os padrões de qualidade exigidos pelo serviço, diariamente, não tendo ocorrido atrasos semelhantes aos descritos. E indica que tem vindo a ter em conta a quebra no tráfego de correio na zona de Vila Franca e a necessidade que houve de alterar os giros de distribuição. Concluiu que “a deficiente toponímia de muitas das localidades servidas exigem aos carteiros um esforço adicional”.
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