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Joaquim Agostinho

Reformado de mecânico de aeronaves, 68 anos, Alverca

“Gosto sobretudo que uma mulher seja uma boa dona de casa e que olhe para um homem mas não pense na carteira. Tenho experiência dessa situação, de se olhar àquilo que eu tenho em vez de olhar para a minha cara. É por isso que estou sozinho há algum tempo”* * *“Embora seja sportinguista, aprecio o Benfica. Deu muitas alegrias nos anos 60 e tenho de dar a mão à palmatória pelo que está fazer. Tem excelente treinador e espero que saia campeão, já que não pode ser o Sporting”

O que é que Alverca tem de melhor para oferecer culturalmente?Temos o exemplo da Sociedade Filarmónica Alverquense que é bem o padrão da cidade a nível cultural, onde já fui dirigente muitas vezes. Tem coro, música popular, banda de música, teatro amador. Temos outras colectividades e ainda património valioso da própria cidade, que se pode ver no núcleo museológico do museu municipal.Já planeou as suas férias de Verão?Ainda não, mas lembro-me bem das minhas últimas, em Portimão, na Praia da Rocha. Nunca consigo estar quieto e inseri-me no Festival da Sardinha. Acabei por protagonizar o “Zé do Búzio” para uma produtora do Chapitô. Fazia de homem que percorria as ruas da cidade a tocar búzio para alertar as pessoas a irem trabalhar para as fábricas conserveiras. Sabiam que eu era tocador de búzio e preferi a actividade cultural à vida de praia.Que tipo de mulher é que gosta de apreciar?Gosto sobretudo que uma mulher seja uma boa dona de casa e que olhe para um homem mas não pense na carteira. Tenho experiência dessa situação, de se olhar àquilo que eu tenho em vez de olhar para a minha cara. É por isso que estou sozinho há algum tempo. Uma mulher que aprecio e que conheci pessoalmente é a Marina Mota.Prefere o Colete Encarnado de Vila Franca ou a Feira de Maio em Azambuja?Sem dúvida o Colete Encarnado! Costumo ir ver as esperas de touros, mas já por lá passei como folclorista da Casa do Povo de Arcena, a tocar música portuguesa, música de banda, na música popular do Alborca (SF Alverquense), além de assistir às touradas e aos desfiles. O Colete Encarnado dá um grande colorido ao concelho e ao país e vincula o Ribatejo.É frequentador assíduo das corridas de touros?Gosto muito de ir ver pegar os Forcados Amadores do Ribatejo mas também gosto de ir ver outras touradas. Também vou a Samora Correia dia 28 mas aí vou tocar o búzio. Prefere apostar no Euromilhões, raspadinhas ou lotarias?Costumo apostar pouco no euromilhões e nas raspadinhas. De vez em quando lá calha um euro, quatro euros, sete euros, porque os prémios grandes passam ao lado.As condições e regalias dos funcionários públicos devem ser iguais às dos trabalhadores do privado?Essa é uma questão sensível. Somos todos portugueses, estamos a servir o país e devemos considerar-nos uns aos outros. Dá impressão que há portugueses de primeira e de segunda, o que parece interessar aos governantes para que andemos sempre divididos.Concorda com o aumento da idade da reforma para os 67 anos?Acho que o ideal é os 65 anos para alguns reformados ainda poderem gozar alguma coisa da vida. É o meu caso, que tenho 47 anos de descontos e já não consigo gozar 47 anos no tempo que me falta. Dá impressão que querem que trabalhemos até cairmos para o lado.Subscreve o ditado popular de que “parar é morrer”?Estou convencido que sim, logo eu que no espaço de três anos sofri dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Nunca baixei os braços e admiram-se como eu hoje estou, mas melhorei e levantei a “crista”. Tudo depende da força de vontade da pessoa em dizer que não quer ir para a prateleira.O Benfica tem o campeonato na mão?Embora seja sportinguista, aprecio o Benfica. Deu muitas alegrias nos anos 60 e tenho de dar a mão à palmatória pelo que está fazer. Tem excelente treinador e espero que saia campeão, já que não pode ser o Sporting.Tem perfil no facebook, twitter ou outra rede social?Não tenho. Apesar de insistirem muito comigo para ter internet, não quero. Podem-me chamar antiquado, mas gosto de ir ao encontro da natureza, daquilo que é palpável. Faço o meu trabalho de escrita de poesia popular tudo à mão, só é tudo passado a limpo no museu.

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