Os documentos de prestação de contas e relatório de gestão da Câmara de Coruche referentes ao exercício de 2012 acabaram aprovados por maioria na assembleia municipal que decorreu a 29 de Abril. O presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), começou por destacar a “inegável robustez financeira que não compromete o município nos próximos tempos”. A Lei dos Compromissos e a grande morosidade na aprovação de novos projectos do Quadro Referência Estratégia Nacional (QREN) foram apontados como os grandes condicionantes para a realização de mais investimento. A câmara apresenta 38,6 por cento (%) de execução do Plano Plurianual de Investimentos (PPI) em 2012, que corresponde a cerca de 5,4 milhões de euros. Dos principais projectos realizados no ano passado destacaram-se a requalificação do troço entre a junta de freguesia e Rua de Santo António no Biscainho; requalificação do Largo Liberdade na Branca; a ligação da EM 580-EN114 - Troço Valverde a Santo Antonino; a remodelação do edifício e arranjos exteriores do mercado municipal; e a construção da ciclovia urbana. Armando Rodrigues, da bancada da CDU, destacou a diminuição de serviços públicos no concelho, a diminuição da população, a fuga dos mais jovens e a construção de equipamentos municipais que estão subaproveitados, como é o caso do campo de futebol do Couço. Dionísio Mendes recusou-se a realizar um balanço dos 15 anos que leva no cargo. “Estou satisfeito. É claro que gostaria de realizar muito mais. Soubemos sempre gerir e dividir os recursos por todas as freguesias”, adiantou. O autarca referiu ainda que não é possível comparar o concelho à freguesia de Samora Correia. “São zonas periféricas de Lisboa. Há aqui uma quebra de natalidade, a população não se renova e os jovens procuram emprego fora do concelho”, acrescentou. As receitas correntes fixaram-se em cerca de 12 milhões de euros e as despesas correntes em perto de 10 milhões. Nas receitas de capital o município encaixou cerca de 7,6 milhões de euros e as despesas de capital situaram-se nos 6,2 milhões. O endividamento do município de médio e longo prazo é de 4,6 milhões de euros. A prestação de contas e relatório de gestão referentes a 2012 acabaram por ser aprovados com sete votos contra da CDU, três abstenções do MIC e PSD e 16 votos a favor.