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Oposição diz que contas do Cartaxo estão em “coma profundo”

A bancada do PSD teceu duras críticas em relação às contas da Câmara Municipal do Cartaxo relativas ao ano de 2012. O presidente da câmara, Paulo Varanda, preferiu concentrar-se na contenção de despesa que levou a cabo no último ano.

O PSD acredita que as contas da Câmara Municipal do Cartaxo estão “ligadas à máquina em estado de coma muito profundo”. Já o presidente da autarquia, Paulo Varanda (eleito pelo PS mas que se vai recandidatar numa lista independente), recusa aquilo que considera uma “análise derrotista” e concentra-se na recuperação financeira que realizou no último ano. As contas do município relativas a 2012 acabaram por ser aprovadas pela maioria socialista na última assembleia municipal que decorreu a 30 de Maio. A crítica mais forte acabou por vir da bancada do PSD, pela voz de Vasco Cunha, cabeça de lista desse partido à Câmara do Cartaxo, que considerou que a maioria absoluta do PS conduziu o município para um “estado vegetativo”. Num balanço que realizou à situação financeira da Câmara nos últimos anos, considerou que as despesas não tinham cobertura pelas receitas arrecadadas e que o recurso aos empréstimos bancários serviu para disfarçar essa realidade num primeiro momento. Quando a capacidade de endividamento se aproximou dos limites legalmente previstos recuperou-se as receitas extraordinárias e artificiais para fazer face ao “sorvedouro” das despesas, acusou Vasco Cunha. Para o eleito do PSD, a continuação do crescimento das despesas levou à alienação de activos como a concessão das águas e do saneamento à Cartágua, o investimento municipal foi escasso e o pagamento retardado aos fornecedores. Os social-democratas consideraram que ao longo destes anos o PS nunca concretizou um plano de contenção das despesas e votou orçamentos “irrealistas e impossíveis de concretizar”. Paulo Varanda recusou a “análise derrotista”, ressalvando que de 2011 para 2012 existiu um decréscimo de 6% nos proveitos operacionais, mas conseguiu-se reduzir em mais de 18% os custos operacionais. “Os trabalhadores da autarquia tudo têm feito para chegarmos a este nível”, reforçou. O autarca salientou ainda que apesar do decréscimo da receita corrente de cerca de 15%, a receita de capital teve um aumento de 30%, estabilizaram o nível de endividamento e conseguiram reduzir ligeiramente os empréstimos. “Conseguimos estabilizar a situação da dívida”, concluiu Paulo Varanda. Vasco Cunha confidenciou que se lembrou de “um náufrago que está no mar e fica todo contente quando vê um palito”.O “Relatório de Gestão”, as “Demonstrações Financeiras” e os “Parecer e Certificação Legal de Contas” foram aprovados com 14 votos a favor do PS, uma abstenção do PS e os votos contra do PSD, CDU e BE.

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