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O homem das cabaças decoradas

O homem das cabaças decoradas

Julião Correia, 80 anos, é uma figura ilustre de Riachos. Foi agente da Guarda Fiscal, prestou serviço durante 25 anos no Aeroporto de Lisboa e quando foi atacado por uma doença coronária, que o levou à reforma por invalidez, voltou à sua terra natal, com a indicação dos médicos de que devia arranjar uma ocupação que o ajudasse a ultrapassar os problemas da doença. “Já tinha a minha casinha em Riachos e o regresso foi o mais normal. Comecei a cultivar algumas coisinhas no quintal, entre elas apareceram as cabaças. Trouxe as sementes de umas pessoas amigas. Foi daí que surgiu a ideia de começar a decorar as cabaças”, conta.Começou então a brincadeira de dar formas às cabaças que plantava e depois decorá-las. “O que começou como uma brincadeira tornou-se uma experiência aliciante e tenho largas centenas de cabaças decoradas. Não é raro passar a noite a imaginar como é que vou trabalhar uma cabaça que tem um desenho original”, diz Julião Correia.São centenas de cabaças dos mais diversos tamanhos e feitios. Retratam muitos dos motivos da sua terra. Um pequeno tambor que encontrou no lixo foi recuperado e no cimo colocou o Grupo de Forcados de Riachos feito em pequenas cabaças. Num velho lavatório está o rancho “Os Camponeses” de Riachos. O Atlético Riachense também não foi esquecido.Muitas outras figuras de Riachos estão representadas em largas centenas de cabaças, que decoram uma grande área do rés-de-chão da sua casa. Julião Correia gostava que as pessoas visitassem a exposição. Chegou mesmo a fazer um vídeo para ser divulgado na Festa da Bênção do Gado. “Tenho a grande mágoa de não o terem divulgado. A minha porta está sempre aberta para quem quiser vir visitar a exposição”, diz.Fernando Vacas de Jesus
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