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Câmara de Santarém contesta aumento da dívida apontada no anuário financeiro

O município escalabitano, a par com os de Sintra e Seixal, é considerado pelo Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2011/2012 um dos que aumentou mais a dívida nos últimos dois anos.

A Câmara de Santarém refutou os dados do Anuário Financeiro que atribui ao município uma subida da dívida nos últimos dois anos quando, segundo o presidente, a mesma diminuiu 7,5 milhões de euros em 2012.“Em 2011 houve, de facto, um aumento, mas em 2012 a dívida total do município diminuiu 7,6%, ou seja 7,5 milhões de euros em relação ao ano anterior”, disse à Lusa o presidente da Câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), refutando os dados do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, que atribui a Santarém um aumento da dívida nos últimos dois anos.De acordo com o autarca, “a dívida total do município aumentou, de facto, em 2011, mas isso deve-se na totalidade à aquisição da ex-Escola Prática de Cavalaria à Estamo, por 16 milhões de euros”. A decisão, aprovada por unanimidade pelo executivo, aumentou em 18,1% a dívida do município que, em 2010, era de 84.370.064,40 € e, em 2011, passou para 99.670.659,04 €.Contudo, ressalva Ricardo Gonçalves, “a câmara ficou com um activo de 16 milhões em edifícios e terrenos e, se não fosse esta aquisição, teríamos até reduzido a dívida em cerca de 700 mil euros”. Segundo o presidente, isso mesmo aconteceu em 2012, ano em que a autarquia fechou as contas com uma dívida de 92.072.123,41 €, ou seja, menos 7.598.535,63 € do que o valor devido em 31 de Dezembro de 2011.Ricardo Gonçalves salientou à Lusa “um grande esforço do executivo para manter a tendência de decréscimo da dívida”, adiantando que “já este ano houve uma redução de 3,5 milhões de euros” na dívida que a 30 de Junho de 2013 perfazia 88.578.348,77€. “Se excluirmos a aquisição da ex-Escola Prática de Cavalaria, podemos até afirmar que a dívida total do município desceu, desde 2010, 11.791.715,63 €”, concluiu o autarca.De acordo com o Anuário, divulgado no dia 11 de Julho em Lisboa, a dívida global dos municípios portugueses desceu mil milhões de euros nos últimos dois anos, que também registaram a primeira descida do passivo no sector autárquico desde 2006. O estudo realça que as transferências do Estado ainda são a principal forma de sobrevivência financeira da generalidade dos municípios, seguidas dos impostos e taxas cobradas e só depois a venda de bens e serviços pelas câmaras.

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