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Lixeira à porta de velório cigano no Entroncamento motiva reacção de candidata do PSD

Isilda Aguincha promete trabalhar para a “integração e responsabilização” de todos sem excepção

Comentários de indignação de cidadãos, colocados na página do facebook da sua candidatura, estão na origem da declaração pública feita durante a inauguração da sede de campanha. O candidato do BE também já propôs a criação de mediadores de etnia cigana.

O estado em que foi deixada a zona contígua à igreja da Sagrada Família, no Entroncamento, após o velório de um elemento da comunidade cigana residente na cidade, não passou indiferente à candidata do PSD a presidente da câmara, Isilda Aguincha.A ainda presidente da Assembleia Municipal do Entroncamento, referiu, sábado à tarde, na intervenção que fez durante a inauguração da sede de campanha e apresentação pública das listas de candidatos a todos os órgãos autárquicos (ver notícia nesta edição) que a sua preocupação com a segurança, não se resume à abertura da nova esquadra e à sua dotação com meios humanos adequados, mas também à necessidade de “(...) um forte trabalho de integração e responsabilização de todos os cidadãos”.Na noite do velório (10 de Julho) foram publicados na página do facebook da candidatura do PSD, “Continuar a melhorar a nossa cidade”, comentários de cidadãos indignados com o que disseram ter visto. Dominique Ventura, professor de música e figura pública devido à sua actividade como músico e cantor, escreveu: “Passei de carro pela traseira da igreja, confirmo o velório (que naturalmente lamento) e confirmo a verdadeira sujeira e porcaria. A rua e o átrio da igreja metiam nojo de tanta sujidade! Todas as pessoas e nomeadamente os de etnia cigana em causa têm o direito de fazer parte da nossa cidade, e fazem, mas todos temos deveres. Todos! E é altura da autarquia, autoridades e população darem a entender isto a todas as pessoas sem excepção. Todos temos direitos mas todos temos deveres! Todos, sem excepção!”Antes dele, um outro cidadão, Bruno Bouça, tinha deixado uma mensagem idêntica. “Só queria deixar um testemunho do que vi hoje no largo da Igreja da Sagrada Família. Senti-me mal por ver tudo sujo e mal tratado por parte de pessoas que estavam ali para um funeral. Eu ajudei a concretizar o projecto, como todos aqueles que fazem parte da família daquela paróquia, e estas pessoas desrespeitaram o espaço, apenas senti repugnância num lugar em que estas coisas não se devem sentir. A polícia, nem vê-la... como já é costume nesta cidade. A minha liberdade acaba quando a do outro começa. Eu espero que haja “melhoria” como diz o slogan da campanha, seja lá com que presidente for, e que não passe apenas pela construção de uma esquadra nova. As instituições têm de funcionar”.Esta é a segunda posição pública de candidatos à Câmara do Entroncamento relativa aos problemas regularmente gerados pela comunidade cigana. No início de Junho, o candidato do BE, Carlos Matias, anunciou que uma das medidas a inscrever no seu programa seria “ (...) a formação de mediadores escolares de etnia cigana e a existência de um mediador municipal” para aquela comunidade.

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