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Fábricas de tomate não se têm ressentido com a crise

Fábricas de tomate não se têm ressentido com a crise

Conclui o técnico agrícola António Bernardo durante visita a campos agrícolas e à fábrica de Azambuja
As fábricas de tomate não têm sofrido com a crise, a avaliar pela informação do técnico da Sugalidal, em Azambuja, António Bernardo. Durante uma visita à fábrica e aos campos agrícolas da zona, no sábado, dia 21, o técnico referiu que “ao nosso nível a crise económica não tem tido grande reflexo”. Apesar do aumento dos custos energéticos a indústria do sector continua a manter bons níveis de competitividade e de negócio, em grande parte devido às exportações. “Exportamos principalmente para o Japão e para os países nórdicos”, informou. Este ano a produção do tomate atrasou-se devido às cheias e a um Inverno prolongado. As plantações foram iniciadas tardiamente e a colheita que devia ser feita em finais de Julho só começou a ser feita no meio de Agosto. “O tomate industrial tem um crescimento determinado e o Inverno afectou a regularidade da produção”, explicou António Bernardo. Uma das grandes preocupações do técnico é o facto de não existir a rotação de culturas nos solos portugueses o que provoca o aparecimento de doenças e de ervas. “O ideal era fazer-se o ciclo das terras. No futuro tem que se utilizar outros terrenos para cultivar o tomate e fazer a rotação”, sugere.Após a colheita do fruto, a fábrica da Sugalidal trabalha na máxima capacidade empregando 140 trabalhadores, maioritariamente estudantes que querem ganhar algum dinheiro durante as férias. No resto do ano a fábrica fica com uma actividade mais reduzida com apenas 30 trabalhadores que aproveitam também para fazerem a manutenção dos equipamentos.A visita inseriu-se na iniciativa “Ser Produtor de Tomate, parte II” que reuniu três dezenas de pessoas de Azambuja e de Lisboa. Os participantes observaram o trabalho de uma máquina de colheita que tem um sistema que permite ler a cor do tomate e escolher somente os vermelhos, propícios para fazer o concentrado. No final, a organizadora da iniciativa, a geóloga Anabela Cruzes, destacou o “património rico e o potencial enorme que o concelho tem”. Há três anos, Anabela mudou-se para a Azambuja e ficou surpreendida com a riqueza do território. A partir daí começou a organizar pequenas visitas guiadas. “Estas iniciativas servem para difundir a cultura da terra e fazer com que as pessoas se interessem pelo que se passa cá dentro”, conclui.
Fábricas de tomate não se têm ressentido com a crise

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