“Sorria, está a ser poupado!” é o slogan da padaria Low-cost.come que abriu as suas portas ao público na sexta-feira, 20 de Setembro, na Rua Batalhoz, n.º 1 e Praça 15 de Dezembro, n.º 1, no Cartaxo. Num espaço agradável, moderno, amplo e com muita luz natural, o Low-cost.come do Cartaxo conta com uma equipa de trabalho de 12 pessoas com formação e experiência profissional.Tomada a alternativa, como fazem questão de dizer os sócios gerentes Raul Fernandes e João Garcez, uma vez que o restaurante foi apadrinhado pelo cavaleiro tauromáquico Manuel Jorge de Oliveira, filho da terra, o Low-cost.come do Cartaxo garante ter força e capacidade para triunfar.Segundo o Master do conceito Low-cost.come, Paulo Costa, este é o 18º espaço instalado no país e o objectivo traçado é chegar aos 30 até ao fim do ano.Como o nome indica, o Low-cost.come baseia-se na restauração a baixo custo e promete vender tudo 40% mais barato que a concorrência. Os preços serão conseguidos através da optimização dos processos, ou seja, por exemplo, sem serviço de mesa, ou usando em alguns casos louças descartáveis.Passa também por uma economia de escala, sendo que para o número de lojas já implementadas no país, as compras fazem-se em grandes quantidades o que faz com que a cadeia de padarias Low-cost.come tenha um maior poder para negociar preços. Raul Fernandes, de 47 anos, ex-delegado de informação médica e actualmente estudante de gestão e marketing no Porto, residente em St.ª Maria da Feira e João Garcez, 43 anos, a residir no Cartaxo, também ele ex-delegado de informação médica, são amigos e companheiros de trabalho de longa data. Depois de terem ficado desempregados, uniram-se neste projecto que dizem ser o seu “orgulho" e instalaram-se de armas e bagagens no Cartaxo para homenagear os cartaxeiros por quem nutrem um especial carinho pois também os seus familiares mais próximos (pais e tios) aí tiveram os seus trabalhos, acabando por fixar residência e deixar suas raízes.Criaram postos de trabalho tirando, incluindo com os próprios, 12 pessoas do desemprego e dizem com convicção que o trabalho não os assusta. “O que nos assusta é não ter trabalho”.Com uma capacidade para 84 lugares sentados, distribuídos por uma sala e uma esplanada, o Low-cost.come do Cartaxo apostou numa política de transparências, onde o cliente ou quem passa na rua consegue ver todo o processo de produção e confecção dos alimentos. Funciona todos os dias entre as 7 da manhã e as 21 horas e tem serviço de take away.Os clientes podem fazer uma refeição a partir de 2 euros, por exemplo. Mas há outras possibilidades. Comprar 13 pães por 1 euro, uma sopa por 0,75 euros e, após as 19 horas, 3 bolos só custam 1 euro. Diz João Garcez que “desta forma o cliente ganha poder de compra e pode comer em maior quantidade”.Raul e João dizem-se felizes com o facto de conseguirem pôr na mesa de qualquer pessoa uma alimentação de qualidade, sem 0cortes nos bens essenciais a que todos têm direito. Interrogados quanto a projectos futuros nesta área, respondem sem hesitar que têm vontade de dar continuidade ao conceito e que, apesar de não ser um projecto a curto prazo, já andam a pensar em encontrar o local ideal para a implementação de um novo Low-cost.come, porque “a qualidade não tem que ser cara”.