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“Os meus heróis sempre foram os empresários”

“Os meus heróis sempre foram os empresários”

Director-Geral de O MIRANTE recorda cidadãos ilustres
Na abertura da cerimónia de entrega do Galardão Empresa do Ano o Director-Geral de O MIRANTE prestou homenagem à classe empresarial referindo a forma como, muito antes de ele próprio se tornar empresário, olhava para as pessoas que criavam riqueza e emprego e que dinamizavam a economia. “Os empresários sempre foram os meus heróis. Não foi no cinema nem nos livros nem nos professores da escola e muito menos nos desportistas ou nos vários actores da vida pública que eu me inspirei. Os comerciantes e empresários em geral eram as pessoas que eu mais admirava nos meus tempo de juventude e de formação intelectual. Foi por isso que tivemos a ideia de propor esta iniciativa à NERSANT e certamente também foi por algo à volta disso que a proposta foi aceite”, contou.Para ilustrar o seu fascínio, Joaquim António Emídio citou alguns dos heróis do seu tempo enquanto no ecrã da sala iam passando imagens de outros heróis que ao longo dos últimos 12 anos O MIRANTE e a NERSANT tiveram oportunidade de distinguir “as palavras simples e sinceras” ditas pelos mesmos nessas alturas. “Conheço pelo nome e tenho gravadas as memórias dos rostos de dezenas de personagens que na minha opinião foram, e alguns ainda são os novos escravos. Conheci muita gente pobre, pobre como a terra de areia, mas escravos, verdadeiramente escravos do trabalho, conheci muito mais empresários e comerciantes que sacrificaram as suas vidas a negócios que faziam funcionar a economia local como hoje as grandes empresas fazem funcionar a economia global. Os tempos eram outros mas ainda é possível encontrar muitos destes exemplos que estou aqui a valorizar. Um empresário local é um cidadão ilustre de qualquer terra, mesmo aqueles que não cumprem com o seu papel de ajuda à comunidade e são agiotas, mesmo esses têm um lado bom que não é de desprezar”, afirmou.Classificando os pequenos e médios empresários como o grande motor da economia e os grandes obreiros de qualquer sociedade, chamou ao palco da Casa do Campino, através da partilha das suas memórias de infância e adolescência, as pessoas que o marcaram na sua Chamusca natal. "Estou a lembrar-me do António Peleiro a quem vendi algumas peles de coelho, do João do Carvão onde comprava o carvão para a braseira da minha avó; do José Gandum que era o homem do ferro velho a quem eu ia vender cobre, do José Pedro do negócio da palha e da lã, do António Arrenega que era o correeiro da aldeia, do João Fonseca da papelaria; da dona Laura da lojinha dos rebuçados e dos bolos, do homem do lagar de azeite de que agora não lembro o nome, da dona Ana das castanhas e das pevides, do Eugénio marceneiro, do Pé de Figueira que foi o meu primeiro barbeiro e dos taberneiros da Largo da Igreja e do Largo da Misericórdia para não falar do José Pedro e do António Cruz que eram os taberneiros/merceeiros da minha infância, sem contar com o meu próprio pai que resume tudo aquilo que eu sempre achei que faria o bom epílogo desta história: um comerciante ou um empresário de aldeia, por muito dinheiro que ganhe, nunca ganhará o suficiente para ir acompanhado a obras de restauro, a compra de novos equipamentos, as facturas da oficina, os empréstimos bancários, enfim, os calotes que são tão certos como a chuva no Inverno debaixo do telheiro velho”, concluiu.
“Os meus heróis sempre foram os empresários”

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