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Ossários do velho cemitério de Alverca vão ser removidos mas junta continua a adiar problema das campas e jazigos

Presidente desculpa-se que não tem dinheiro para transladar restos mortais do espaço desactivado há 30 anos
Os ossários do velho cemitério de Alverca, que estão degradados e partidos, alguns até revelando os ossos que estão no seu interior, vão começar a ser removidos nos primeiros meses de 2014. Os restos mortais vão ser transladados para o novo cemitério da cidade. A garantia foi dada pelo presidente da Junta de Freguesia de Alverca, Afonso Costa, que prometeu em 2014 dar “um abanão” no problema do velho cemitério de Alverca, que está desactivado há 30 anos e em avançado estado de degradação. Afonso Costa respondia perante os eleitos da assembleia de freguesia da cidade a uma questão colocada pelo eleito da Coligação Novo Rumo, Hélder Careto, que quis saber quando é que o problema será resolvido. A junta de freguesia diz que já fez tudo o que estava ao seu alcance para resolver a situação, inclusive custeando a transladação dos corpos que se encontravam nas campas temporárias (propriedade do município) e isentando de taxas todos os familiares que fossem levantar as ossadas das campas e jazigos perpétuos, ou seja, aqueles que foram comprados à câmara há muitas décadas. Esse tem sido, aliás, o principal imbróglio para que o problema se resolva. A responsabilidade de transladar os corpos dessas campas compete aos familiares mas ninguém se mostrou disponível para custear essa operação. A junta e a câmara já disseram publicamente que não têm dinheiro para se substituírem aos familiares e fazerem as transladações coercivamente. Recorde-se que em Fevereiro de 2013 a então presidente da câmara, Maria da Luz Rosinha, admitiu que no quadro de crise económica estar a pagar transladações não era uma prioridade para a câmara.“Para levantar os corpos que ainda ali se encontram será preciso gastar muitos milhares de euros, dinheiro que neste momento não há”, voltou a admitir Afonso Costa na última assembleia de freguesia. O velho cemitério tem ainda cerca de duas centenas de corpos por retirar. A primeira ordem para construir o cemitério surgiu em 1835 para dar resposta às grandes pestes que assolavam a região de Lisboa e que levavam muitas famílias a procurar refúgio em Alverca. A campa mais antiga, do século XIX, pertence a um cirurgião sangrador.Recorde-se que a desocupação do antigo cemitério tem sido apontada como a única solução para permitir que os bombeiros voluntários de Alverca possam alargar as instalações do quartel, que não tem espaço para todas as viaturas.

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