Não espere encontrar neste espaço de divulgação dos serviços das agências funerárias da região nenhum anúncio do género do que foi disponibilizado na internet por uma agência da zona de Lisboa em que é apresentado um cortejo fúnebre com o defunto num caixão aberto transportado por uma carroça puxada por um burro, ao som de música e com pessoas a fazer acrobacias. Não sendo o falecimento de um ente querido um momento de alegria e sendo o funeral uma manifestação de pesar e de respeito, é para esse objectivo que trabalham os profissionais do ramo na zona do Ribatejo.Sobriedade, dignidade e discrição definem os profissionais das agências que publicitam regularmente em O MIRANTE. O tom é adequado à nossa realidade social. E se é verdade que em alguns cortejos fúnebres já há quem se esqueça de onde vai e ao que vai, permitindo-se utilizar smartphones, por exemplo, ainda não é possível ver, como no anúncio já referido, latas amarradas ao carro funerário como nos casamentos ou bandeiras e pendões a serem agitados no ar, como nas reconstituições das feiras medievais ou em algumas festas.O slogan da Funalcoitão, a agência do polémico vídeo, “Mais do que enterros, fazemos homenagens”, pode servir para qualquer agência funerária da região. A única diferença reside na concepção de homenagem. Para os agentes ribatejanos essa homenagem pode ser mais ou menos solene mas não deve ser feita num registo circense.