O presidente da Câmara de Almeirim vai pedir ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que faça uma avaliação das coberturas com amianto da escola do primeiro ciclo Canto do Jardim. Pedro Ribeiro diz que a autarquia deseja substituir as coberturas como medida de precaução mas aguarda que o próximo quadro de apoios comunitários disponibilize dinheiro para obras que permitam uma intervenção que classificou de muito dispendiosa. Pedro Ribeiro diz que tem a informação que as placas de fibrocimento contendo amianto só são perigosas para a saúde se forem raspadas ou estiverem bastante degradadas. Daí o anúncio na última assembleia municipal de que vai pedir uma inspecção ao LNEC, que considerou a entidade pública mais credenciada na matéria. O autarca salientou que a escola secundária também possui telheiros com amianto mas esclareceu que, neste caso, a responsabilidade é do Ministério da Educação. O amianto é a forma fibrosa dos silicatos minerais. A variedade mais empregue em Portugal (95 por cento) é o crisótilo. A Organização Mundial de Saúde considerou que todas as formas de amianto são perigosas para a saúde quando as fibras de dimensões respiráveis são inaladas. Estas podem provocar doenças como o cancro pulmonar. Em 2008 o então presidente da Sociedade de Informação do Amianto, Philip Abecassis, garantia em declarações a O MIRANTE que os telhados de fibrocimento só se tornavam perigosos caso as telhas fossem sujeitas a abrasão, raspagem ou fossem partidas. Destacando também que as questões do amianto servem muitas vezes de arma de arremesso político.