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Onze presidentes de câmara contra administração do Hospital de Santarém

Face a esta nova notícia, sinto-me obrigado a continuar a manifestar a minha opinião acerca da destruição do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que está em curso e que no nosso caso, distrito de Santarém, afecta todo o distrito. É certo e sabido que o Hospital de Santarém debate-se com problemas, todos eles derivados da falta de financiamento para as suas funções. Mas o mesmo se passa no Médio Tejo onde há três hospitais, sendo que dois deles trabalham a menos de meio gás - Torres Novas e Tomar - e o outro, Abrantes, está a rebentar pelas costuras sendo que agora parece que até anunciam ir fazer uma sub-cave nas urgências para meterem uma dúzia de camas. A portaria que anuncia o encerramento de dois terços dos serviços hospitalares do país é que está a provocar esta tragédia, para os que mais precisam e menos têm, porque os outros, esses vão-se safando. É essa portaria que tem que ser contestada e combatida pelas duas comunidades intermunicipais que, num caso destes, deveriam falar a uma só voz. Até porque não há nada na lei que proíba que as duas comunidades possam defender, em conjunto, as populações que abrangem e que devem defender, custe o que custar. Por isso, atrevo-me a sugerir que se unam, porque a união faz a força e os cuidados de saúde devem ser defendidos a uma só voz, porque interessam a todos. Conversem. Procurem a convergência, que neste caso será fácil. Unam-se, antes que criem o Grupo Hospitalar do Distrito que só trará ainda mais encerramentos de estabelecimentos de saúde e especialmente da maior parte das valências que ainda por cá vão existindo.Carlos Manuel Rodrigues Pinheiro

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