CTT nega atrasos na distribuição e problemas de salubridade no centro de Rio Maior
Trabalhadores dos Correios fizeram greve na tarde de segunda-feira contra alegadas más condições de trabalho
A direcção de operações dos CTT negou qualquer atraso na distribuição de correio bem como qualquer problema de salubridade no centro de distribuição de Rio Maior, como alegam os trabalhadores que estiveram em greve na tarde de segunda-feira, 2 de Junho.Hernâni Santos, director de operações dos CTT, disse à agência Lusa que devido à redução do número de cartas e à introdução do tratamento automático a empresa teve que fazer um “ajustamento” no número de funcionários, negando a existência de falta de recursos e de atraso na distribuição, como alegam os trabalhadores.Dina Serranho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, disse à Lusa que os 16 trabalhadores do centro de distribuição de Rio Maior aderiram na totalidade à greve, tendo-se concentrado na Praça da República para explicarem à população por que razão “são obrigados a servi-la mal”, tendo em conta que houve redução de pessoal e alargamento das voltas. Além desta situação, a sindicalista afirmou que os trabalhadores protestam igualmente por trabalharem num local infestado com ratos e com um “cheiro nauseabundo”.Contudo, Hernâni Santos disse “duvidar da veracidade” dessas afirmações, alegando que nesse mesmo dia esteve uma técnica de higiene e segurança no trabalho naquelas instalações que “confirmou não existir qualquer indício de roedores e atestou as boas condições” do local.Segundo o responsável, as cerca de 300 instalações dos CTT a nível nacional são ciclicamente alvo de despistagens, tendo sido feita uma desratização no centro de distribuição de Rio Maior em Abril último “sem que fosse encontrado qualquer indício” da existência de roedores, atestado na inspecção de segunda-feira pela presença intacta dos produtos então colocados.“Duvidamos da veracidade dessas afirmações e vamos tomar medidas”, afirmou, adiantando que, até à passada sexta-feira, não foi feita qualquer comunicação ou qualquer queixa sobre este assunto nem por parte do sindicato nem da comissão de trabalhadores.Sobre os alegados atrasos na entrega do correio, Hernâni Santos afirmou que nesta zona, em dez anos, o número de cartas caiu para metade, enquanto a redução do número de trabalhadores foi da ordem dos 27%.Segundo o responsável, em 2004 eram distribuídas em média por dia 30.000 cartas e hoje são 15.000 e os trabalhadores dos centros de Rio Maior e Alcanede (actualmente concentrados em Rio Maior) passaram de 22 para 16. Hernâni Santos adiantou que da média de 1.300 cartas por carteiro se passou para 938. Por outro lado, assegurou que “não têm faltado recursos”, pois “por cada ausência há sempre alguém que se desloca para garantir o serviço”.No caso do centro postal de Santarém, com greve marcada para os próximos dias 12 e 13, Hernâni Santos disse acreditar que o acompanhamento que tem sido feito sempre que existe uma queixa de impossibilidade de cumprir uma volta ajudará a esclarecer as dúvidas. Segundo este responsável, as várias situações acompanhadas desde que foram apresentadas as primeiras queixas deram origem a “alterações de pormenor”.
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