A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Torres Novas é a mais emblemática das obras que estão a ser levadas a cabo pela empresa intermunicipal Águas do Ribatejo nesse concelho, num investimento total de 13 milhões de euros. As empreitadas, que decorrem desde há dois anos e meio, foram apresentadas numa sessão que teve lugar na manhã de segunda-feira, 16 de Junho, no salão nobre dos Paços do Concelho, seguindo-se a visita às obras em autocarro de uma comitiva constituída por convidados, eleitos da câmara e presidentes das juntas de freguesia.O presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira (PS) salientou que estão estimados investimentos no concelho na ordem dos 30 milhões até 2016. “O grande objectivo é chegarmos a 2017 com 97 por cento de cobertura no abastecimento de água e no saneamento a rondar os 90 por cento. Neste momento estamos nos 71%”, referiu o autarca e membro do conselho de administração da empresa municipal. Por seu turno, Moura de Campos, director-geral da Águas do Ribatejo, referiu que todas as empreitadas em curso devem ficar prontas até ao final do ano. “O volume de financiamento destes dois anos e meio é muito expressivo e representa 40% do montante que nos tínhamos comprometido”, disse, acrescentando que sem financiamento comunitário as mesmas não seriam possíveis.A obra da nova ETAR de Torres Novas decorre no mesmo local onde funcionou a antiga estação de tratamento, inaugurada por Cavaco Silva, quando era primeiro-ministro. Trata-se de uma nova construção integrada numa empreitada de 3,2 milhões de euros que inclui as novas estações elevatórias para levar os esgotos até à ETAR, emissário e novas condutas. A visita, que decorreu ao longo de todo o dia, também contemplou a ETAR de Riachos e respectiva rede de saneamento, sendo este um investimento de cerca de 2 milhões de euros. As ETAR da Brogueira e de Vale da Serra estão também em fase de conclusão. A Águas do Ribatejo está ainda a construir novos reservatórios de água, furos, estações elevatórias e a remodelar os equipamentos existentes com investimentos de 5 milhões de euros que vão dotar mais de 97 % da população com um abastecimento de água de elevada qualidade. “Só algumas famílias que vivem em locais mais afastados não terão água da rede”, explica Pedro Ferreira, ressalvando que estes consumidores terão alternativas.Habitantes de Pé de Cão têm que mudar contadores da águaOs habitantes da aldeia de Pé de Cão, freguesia de Olaia, estão a receber um aviso da Águas do Ribatejo no sentido de procederem à instalação de caixas de contadores, no âmbito da remodelação da rede de abastecimento de água. De acordo com o aviso, a empreitada, realizada exclusivamente com dinheiro da empresa, contemplou a substituição dos ramais de ligação existentes desde a rede até ao limite das propriedades, bem como a ligação às redes prediais. Para tal, os proprietários devem adequar as caixas de contadores, tendo por base um esquema que lhes será entregue. A população de Pé de Cão era abastecida por um sistema criado pelos moradores que não preenchia os requisitos exigidos pela Entidade Reguladora e a água não estava sujeita ao controlo de qualidade exigido por lei. Neste momento, a povoação está a ser abastecida com água do sistema gerido pela Águas do Ribatejo.