Almeirim foi dos primeiros concelhos do país a apostar na inovação tecnológica nas escolas. O PET21 iniciou-se em 2007 e a câmara já investiu mais de 200 mil euros em soluções que ajudam os alunos e também os professores. Este ano começaram a ser adquiridos tablets (dispositivos móveis em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet e que contém vários programas informáticos). Em Janeiro as escolas do primeiro ciclo já terão acesso a estes equipamentos que, para já, vão ser usados apenas pelos alunos dos terceiro e quarto anos. No final do ano-lectivo será feita uma avaliação para se decidir se o programa é alargado aos alunos dos dois primeiros anos de ensino. Fátima Carvalho, do Agrupamento de Escolas de Almeirim, é uma das professoras que está no projecto desde o início, faz um balanço positivo e diz que o PET21 além de ter motivado muito os alunos também constituiu uma grande motivação para os professores. E recorda que no início havia mais professores a quererem participar no projecto do que as vagas disponíveis. A professora recorda que no início chegou a haver um coordenador pedagógico que definia e produzia conteúdos para os alunos estudarem, lamentando que o Ministério da Educação tenha cortado o apoio à iniciativa. As tecnologias nas escolas, que começaram pelos quadros interactivos, redes de internet sem fios, computadores portáteis, depois com o computador Magalhães e agora com os tablets, têm sido uma ferramenta importante na aquisição de conhecimentos. Como revela Fátima Lopes do agrupamento de Escolas de Fazendas de Almeirim. “As escolas, os professores e os alunos só têm a ganhar com este projecto”, realça a professora. Que considera as tecnologias uma óptima ferramenta de apoio. “É uma forma de diversificar o método de ensino em que o professor já não é o centro das atenções. Isso permite também um maior entusiasmo dos alunos que concentram-se mais na matéria”. Os resultados estão à vista, segundo revela a professora Isabel Reis, da direcção do agrupamento de Almeirim, responsável pelo primeiro ciclo. “Quando os alunos chegam ao segundo ciclo verifica-se que têm maiores competências ao nível tecnológico e já sabem por exemplo processar textos em computador e fazer apresentações”. Os suportes informáticos são utilizados como ferramentas de trabalho, de aprendizagem e de estudo e não de forma lúdica. A câmara adquiriu os programas da Escola Virtual, onde estão carregados os manuais escolares em formato digital, onde existem exercícios e jogos pedagógicos. Isabel Reis conta que no âmbito de um projecto de intercâmbio com outros estabelecimentos de ensino da Europa, o projecto de Almeirim foi admirado pelos estrangeiros. E aponta como muito positivo também o facto do PET21 ter proporcionado também a formação dos professores na aquisição de conhecimentos tecnológicos. A Câmara de Almeirim chegou a desenvolver uma plataforma online onde eram carregados os trabalhos feitos pelos alunos e através da introdução de um código os alunos podiam ver os trabalhos uns dos outros. Esta solução entretanto foi substituída pela Escola Virtual.O PET21 foi uma aposta do então vereador Pedro Ribeiro que agora como presidente da autarquia continua a apostar no projecto como forma de dar as melhores condições de aprendizagem aos alunos do concelho. Para já vão haver conjuntos de tablets que vão rodar pelas escolas para serem usados em aulas específicas ou quando o professor requisitar. Mas está previsto a curto prazo que todas as escolas fiquem dotadas destes equipamentos para utilizarem sempre que quiserem. Num mundo em constante evolução a grande vantagem do projecto é o de fomentar a igualdade de oportunidades no que toca às tecnologias, e estimular o uso da internet e tecnologias da comunicação.