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Marco Fernandes

Chefe de sala de restaurante, 36 anos, Santarém

“Já tentei trocar o carro pela bicicleta por diversas vezes e por três razões: faz bem à saúde, ao meio ambiente e torna-se muito mais económico. Mas com filhos é impossível dispensar o automóvel”* * *“Se me saísse o euromilhões, primeiro cumpria a minha promessa de dar cinco mil euros a cada colega do restaurante e ajudava o meu patrão. Depois, e como felizmente tenho uma família grande, naturalmente seriam eles os mais beneficiados do prémio”* * *“Vejo um país cada vez mais pobre e onde é cada vez mais difícil encontrar trabalho num planeta cada vez mais poluído”

Os homens são hoje mais vaidosos do que as mulheres?Os homens preocupam-se mais com a sua aparência e apresentação e cuidam-se mais do que há umas décadas atrás, mas não me parece que sejam mais vaidosos do que as mulheres. Eu gosto de me vestir o que me faça sentir bem, não tenho um estilo nem vou em modas.Se fosse primeiro-ministro qual era a primeira coisa que mudava?Tentava implementar uma política de emprego que funcionasse, porque sem emprego as pessoas têm menos dinheiro, ou seja, há menos dinheiro a circular na economia, o que origina menos receitas fiscais. E se as pessoas estiverem empregadas também é menos dinheiro que o Estado gasta em subsídios de desemprego.Se visse alguém a ser assaltado na rua tentava travar o ladrão?Nunca me aconteceu e não é uma pergunta fácil de responder porque é uma situação de instinto. Podemos ficar paralisados como podemos reagir tentando impedir o assalto. Só passando por isso é que sei como reagiria.O que espera do novo ano?Espero um ano com muita saúde para mim, para a minha família e para todos. Muito trabalho para o Restaurante El Galego e para todo o grupo El Galego. E como este ano marcará o nascimento do meu segundo filho, espero que ele ou ela nasça forte e com muita saúde.Durante a meia-noite de 1 de Janeiro cumpre todos os rituais?Como estou a trabalhar raramente consigo, mas se for possível peço só dois desejos: saúde para mim e para toda a minha família porque com saúde o resto “a gente corre atrás”, como dizem os brasileiros.Nunca pensou trocar o carro pela bicicleta como meio de transporte?Já tentei fazê-lo por diversas vezes e por três razões: faz bem à saúde, ao meio ambiente e torna-se muito mais económico. Mas com filhos é impossível dispensar o automóvel.Acredita nos políticos portugueses?Acredito em pessoas e projectos mas em políticos e políticas já não acredito. Não consigo confiar. Costuma fazer habitualmente a separação dos lixos domésticos?Sim, tanto em casa como no trabalho. É um dever de todos para termos um futuro ambiental melhor.Qual é a pior coisa que lhe podem fazer?Não cumprirem com a palavra porque, no que depende de mim, cumpro sempre com a minha.O que é preciso para se ter uma boa vida?Estar rodeado das pessoas que gostam de nós, ter saúde, trabalho e, sem qualquer hipocrisia, dinheiro, porque pode não dar felicidade mas ajuda muito. O que gosta mais de fazer nos tempos livres?De estar com a minha mulher e o meu filho, irmos ao cinema, jantar fora, passear, brincar, estar com os meus irmãos e pais. Quando posso vou ao Estádio da Luz ver o meu Benfica e faço umas jantaradas com o pessoal de trabalho e amigos. Devia incluir desporto mas ultimamente não tem havido tempo para isso. (risos)O futuro dos seus filhos preocupa-o?Estaria a mentir se dissesse que não. Claro que preocupa porque vejo cada vez mais uma sociedade que não olha a meios para chegar onde quer e onde cada vez mais os valores não existem. Vejo um país cada vez mais pobre e onde é cada vez mais difícil encontrar trabalho num planeta cada vez mais poluído. Cabe a todos nós lutarmos para que os nossos filhos tenham um futuro melhor que o nosso.É daquelas pessoas que gosta de estacionar o automóvel à porta de todos os locais onde vai?Admito que o faço com alguma regularidade. É puro comodismo e quanto mais perto do local onde pretendo ir melhor.O que faria se lhe saísse o euromilhões?Primeiro cumpria a minha promessa de dar cinco mil euros a cada colega do restaurante e ajudar o meu patrão. Depois, e como felizmente tenho uma família grande, naturalmente seriam eles os mais beneficiados do prémio enorme que, dizem, nos torna excêntricos.

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