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Responsabilidade e organização devem ser os atributos chave dos empresários

Responsabilidade e organização devem ser os atributos chave dos empresários

Patrícia Lizardo, 33 anos, é sócia-gerente da loja Babygrow de Vila Franca de Xira

Estudou na escola Soeiro Pereira Gomes e, mais tarde, tirou o 12º ano na secundária Reynaldo dos Santos. Optou por não seguir para a universidade para começar logo a trabalhar.

Um empresário que queira ter sucesso no mercado tem de ter responsabilidade, organização, disponibilidade e simpatia. A opinião é de Patrícia Lizardo, 33 anos, sócia-gerente da Babygrow, uma empresa de produtos e roupas para criança, de Vila Franca de Xira.Patrícia não se imaginava no papel de empresária e decidiu abrir o seu próprio negócio com a sócia, Sónia Baião, depois de fazer um estudo de mercado e perceber que na cidade de Vila Franca de Xira, onde existe um hospital que abrange cinco concelhos, não havia uma única loja de artigos de puericultura. E criou ainda um modelo de compra e venda de artigos usados, em paralelo com a venda de artigos novos, que tem sido um sucesso.“Este é um artigo que faz sempre falta, vimos que valia a pena arriscar. A oferta de artigos para criança era pouca na cidade e ficou ainda pior desde que fechou o centro comercial, o que acabou por ser muito bom para nós”, explica. Patrícia é natural do Sobralinho, localidade do concelho onde ainda hoje vive. “O Sobralinho é um sítio pacato, embora hoje em dia esteja já um pouco mais movimentado, mas isso é como no resto do concelho. Tive a sorte de ter uma infância muito tranquila, brincava na rua onde praticamente não havia carros. Na minha rua éramos dez crianças a brincar. Nunca fui para o infantário, cresci com a minha avó. Foram mesmo outros tempos”, recorda a O MIRANTE.Estudou na escola Soeiro Pereira Gomes e, mais tarde, tirou o 12º ano na secundária Reynaldo dos Santos. Optou por não seguir para a universidade e começar logo a trabalhar. Arranjou emprego numa sapataria do centro comercial onde esteve dois anos e meio e depois ingressou noutra loja, a Lanidor, de roupa de senhora, onde esteve oito anos até esta fechar portas. Conta que foi aí que ganhou a principal experiência na logística e gestão de uma loja, que é mais complexa do que a maioria imagina. “Aprendi o relacionamento com o cliente, atendimento, saber conversar com as pessoas, foi tudo um mundo novo de aprendizagem para mim. Estar atrás de um balcão não é tão simples como as pessoas pensam. Temos de ter a capacidade de lidar com as pessoas, que são todas diferentes. Os maiores desafios por que passei foi na Lanidor, a empresa era muito exigente connosco, em termos de atendimento onde até dava formações. Mas era exigente sobretudo em termos de exposição dos artigos em loja, organização das montras, entre outras coisas”, recorda.Hoje em dia diz que abrir um negócio em Vila Franca de Xira foi um risco porque a cidade já não tem o dinamismo comercial de outros tempos. “Com grande pena minha porque gosto muito de Vila Franca”, nota. Este Natal, refere, já se notou maior afluência às lojas. Para a responsável da Babygrow há grandes diferenças entre ser patrão ou empregado, mas nota que, no final do dia, tudo se resume à capacidade da pessoa em lidar com as responsabilidades. “Quando somos empregados enfrentamos chatices mas não temos tantas dores de cabeça, preocupações e responsabilidade. Aqui damos a cara mas damos a cara por uma coisa que é nossa. Temos de tentar gerir as coisas de modo a que corram bem". Não se consegue desligar da empresa. "Quando gostamos daquilo que estamos a fazer não desligamos. Estamos sempre a procurar formas de melhorar, de fazer crescer a empresa e de oferecer melhores produtos aos nossos clientes. A empresa passa a ser parte da família”, explica.Além da loja de Vila Franca de Xira, Patrícia e a sócia lançaram-se também num franchising em Lisboa. Patrícia confessa que se vê no papel de empresária enquanto puder e o negócio tiver pernas para andar. “Gosto de lidar com as pessoas, com os clientes, gosto disto. Por agora não me vejo noutra profissão”, conclui. Quando era criança gostava de ser enfermeira ou seguir uma carreira na área da fotografia. Lembra-se de, quando era mais nova, falar bastantes vezes nessa possibilidade mas nunca a concretizou. Ainda hoje dispara bastante mas nada de profissional e apenas em família.
Responsabilidade e organização devem ser os atributos chave dos empresários

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