O cigarro electrónico foi chão que deu uvas. O imposto com que o Estado decidiu carregar os cigarros electrónicos vai acabar por arruinar um negócio que estava a começar. Uma coisa que custava dois euros e meio vai passar a custar oito euros. É um exagero. E tudo para proteger o negócio do tabaco tradicional. Vamos ter que voltar a inalar a bela da nicotina que assim é que o Estado ganha dinheiro mesmo que o risco de cancro seja elevado. Aproveito para aconselhar todos a assinarem a petição contra o imposto. O líquido dos cigarros electrónicos não é tabaco, nem contém tabaco. Não pode o legislador ficcionar que algo que não é tabaco é, afinal, tabaco, e com isso pretender que se encontra justificado o desvio ao princípio constitucional da capacidade contributiva, próprio dos Impostos Especiais sobre o Consumo. Está provado que os cigarros electrónicos, embora prejudiciais para a saúde, têm menos malefícios que os cigarros tradicionais.António F. Damas