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Cantar os reis é uma tradição para todas as idades no Sardoal

Cantar os reis é uma tradição para todas as idades no Sardoal

Iniciativa renova-se, ano após ano, pela mão do GETAS - Centro Cultural
A vila do Sardoal encheu-se de música e cantares na solarenga tarde de domingo, 4 de Janeiro, com o 10º Encontro de Cantadores de Reis, uma iniciativa organizada pelo GETAS - Centro Cultural de Sardoal. Pessoas de todas as idades integravam os quatro grupos que se concentraram no pelourinho e, sempre a tocar e a dançar, percorreram a vila a pé até ao Centro Cultural Gil Vicente, onde decorreram as actuações. Este ano participaram, para além do grupo anfitrião, os elementos do Rancho Folclórico “Os Resineiros” de Alcaravela, do Rancho Folclórico de Casais de Revelhos (Abrantes) e da Santa Casa da Misericórdia do Sardoal. Marta Martins, de 15 anos, é a mais jovem elemento do GETAS. “Cantar os reis é divertido porque é uma experiência, no mínimo, diferente. Conhecemos melhor o Sardoal e as pessoas de fora, que assistem à nossa actuação, também ficam a conhecer o nosso grupo”, conta a O MIRANTE. Já Manuel Fernandes David, 69 anos, do Rancho Folclórico de Casais de Revelhos (Abrantes), deu nas vistas não só por ser o elemento mais velho do colectivo mas também pelo instrumento tradicional que tocava: duas vulgares pinhas. “Gosto muito disto. Dantes os meus filhos também cá andavam. Agora já não andam mas eu continuei sempre”, declarou. As pinhas que segura são rijas e foram escolhidas pelo próprio num pinhal nos arredores do Sardoal porque “não são todas as que dão para isto”, explica. O som que produzem é semelhante ao do reco-reco, um instrumento de percussão, ou seja, que marca o ritmo. Bem perto de si, encontramos outros dois elementos do mesmo grupo mas de uma faixa etária completamente diferente: Afonso Nunes, 16 anos, e José Pires, de 14 anos. “Gosto de cantar os reis e venho porque gosto deste ambiente”, afiança o primeiro. Quando perguntamos a ambos se não preferiam estar a jogar playstation ou a navegar na Internet ao invés de andarem a cantar os reis encolhem os ombros e respondem: há tempo para tudo.
Cantar os reis é uma tradição para todas as idades no Sardoal

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