A presidente da Câmara de Abrantes faz um balanço “claramente positivo” da terceira edição do festival 180 Creative Camp, que decorreu na cidade entre os dias 5 e 12 de Julho. “Estamos a criar um evento de grande sustentabilidade e com uma dimensão social muito importante”, referiu Maria do Céu Albuquerque, citada em nota de imprensa onde lança o desafio à população para se envolver ainda mais com a iniciativa.“Gostaria que os comerciantes replicassem e dinamizassem aquilo que foram as instalações deixadas e que se envolvessem cada vez mais em próximas edições do Creative Camp. A instalação deixada na rua Maria de Lourdes Pintassilgo pode ser um bom exemplo para pedir às várias ruas e becos da cidade e do concelho que no futuro se apropriem da ideia, para que possamos viver cada vez mais e melhor o espaço público”, considera a autarca.Refira-se que a rua Maria de Lourdes Pintassilgo foi a escolhida pelos criativos colombianos Maria Mazzanti e Martin Ramirez para realizarem a intervenção urbana “Domesticy”, projecto vencedor do concurso internacional lançado anualmente por esta ocasião. A ideia foi recriar um espaço doméstico em espaço público, recorrendo a um conjunto de objectos - mesas e cadeiras recuperadas - convidando as pessoas a sentarem-se e a conversarem sobre a cidade.Maria do Céu Albuquerque realça ainda o retorno económico que o festival de artes deixa na comunidade local, por causa do alojamento e restauração mas também porque todos os materiais utilizados pelos criativos foram adquiridos localmente.A iniciativa juntou na cidade cerca de 60 artistas nacionais e estrangeiros das áreas da arte urbana, vídeo, design, música e arquitectura. Do campo criativo deste ano destacaram-se acções de interacção com a comunidade local, entre outras, as que envolveram as crianças e jovens do campo de férias desportivas que fizeram um “assalto” ao Castelo da cidade, as intervenções em várias lojas comerciais do centro histórico, ou a participação da comunidade de Vale de Rãs na gravação de um videoclip com o grupo musical “Os Príncipes” (“Amo o não Amar”).