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Casa do Benfica na Póvoa de Santa Iria fecha ao fim de três anos e culpa o clube

Em causa estão exigências e falta de apoio mas director do clube diz-se tranquilo

Casa doou três mil euros e alguns equipamentos que estavam na sede a duas instituições da terra.

A Casa do Benfica na Póvoa de Santa Iria fechou portas, de acordo com a direcção, por falta de apoio por parte do clube de Lisboa. A decisão está a provocar algum descontentamento, que tem chegado ao ex-presidente da organização, Carlos Nogueira. O responsável mostra-se indignado com a forma como o clube tratou os mais de 300 associados que se filiaram nos três anos de vida da casa. “Foi um momento de tristeza, sobretudo com um projecto que tinha apenas três anos e claro que não estávamos à espera de fechar. Gostamos de ter uma casa como deve ser aqui na Póvoa. Já tínhamos 300 sócios, ao longo do ano fazíamos vários convívios, aqui e fora da região”, explicou. Carlos Nogueira queixa-se ainda do investimento que foi feito na casa - 10 mil euros em obras e mobiliário, além do trabalho gratuito de todos - ter sido desperdiçado pelas “regras impostas pelo Departamento das Casas do Sport Lisboa e Benfica”. Para o dirigente da Casa do Benfica, as regras do clube de Lisboa “em nada contribuíram para a mesma estar aberta, devido a grandes impedimentos constantes”, considerando ainda que “ingloriamente” viram-se “forçados a fechar portas”. As críticas são dirigidas ao director do departamento de casas do clube, Jorge Jacinto. “A direcção das Casas do Benfica nunca nos apoiou, estivemos sempre postos de parte. O sentimento é que o director, Jorge Jacinto, só trabalha com quem bem entende e com as casas que o projectam a ele. Com pessoas como o Jorge Jacinto, corre-se o risco de perder a identidade do Benfica nesta região”, defende.Contactado por O MIRANTE, Jorge Jacinto mostra-se tranquilo. “A casa fechou porque não tinha condições para operar de acordo com as regras do que são as Casas do Benfica. Tenho muita pena disso, até porque estava incluída na nossa rede de expansão, que vai estar agora em Aveiras de Cima. O responsável do clube sublinha que está “totalmente descansado com isso”, afirmou.A Casa fechou há dois meses. Os bens da casa e o dinheiro angariado foram entregues à Cercipóvoa e ao Instituto de Apoio à Comunidade (IAC), que receberam cada uma 1500 euros em dinheiro e 250 cd’s do grupo de concertinas da Casa do Benfica. A Cercipóvoa ganhou ainda duas televisões, galhardetes e cachecóis e o IAC um computador e uma impressora.

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