A situação do concelho de Abrantes é semelhante à de muitos outros concelhos em matéria de eucaliptos. Desde que entrou em vigor, em Outubro do ano passado, a Lei 96/2013 que, entre outras coisas, considera o eucalipto como qualquer outra espécie florestal (acabando com a regulamentação que, desde 1988, travava de certa forma o avanço da mesma) e isenta de autorização a plantação ou replantação de novas áreas florestais em áreas com menos de dois hectares, o eucaliptal não pára de aumentar.Agora apenas tem que existir uma comunicação prévia e o papel das câmaras é de emitir pareceres...mas apenas dentro das suas competências (na prática só podem dar pareceres negativos em caso de violação de PDM, violação de planos de defesa de floresta ou de paisagem protegida, por exemplo). Quem não se conforma com a situação é o vereador da CDU, Avelino Manana, que ainda na reunião de 14 de Julho, voltou a ter que “engolir”, embora votando contra, mais seis comunicações de plantações e replantações de eucaliptos. A vereadora do PSD, Elza Vitório, que se absteve na votação, também se pronunciou e pediu que a autarquia avalie o impacto de tanto eucalipto no concelho mas a presidente da câmara, Maria do Céu Albuquerque (PS) limitou-se a recordar-lhe que a autarquia não tem meios nem competências a esse nível e sugeriu-lhe que falasse com a ministra da Agricultura. A nível nacional o eucalipto já é a espécie dominante, tendo destronado nas últimas duas décadas o pinheiro-bravo que surge em terceiro lugar, a seguir ao sobreiro.