Os vereadores do PSD na Câmara de Tomar apresentaram uma proposta onde sugeriam que os assuntos levantados pela oposição também possam ser colocados no sítio da autarquia na Internet. João Tenreiro e António Jorge criticam o facto de apenas as informações da maioria que gere a câmara (coligação PS/CDU), liderada pela socialista Anabela Freitas, sejam disponibilizadas online. “Ao longo deste mandato já se realizaram diversas reuniões do executivo municipal mas o gabinete de imprensa apenas tem vindo a divulgar aos órgãos de comunicação e no sítio da Internet da autarquia determinadas informações sobre algumas dessas reuniões, omitindo as propostas, recomendações, requerimentos ou outros assuntos levantados, assim como as decisões apresentadas pelos vereadores da oposição”, afirmam Tenreiro e António Jorge na proposta.Os autarcas social-democratas defendem que os cidadãos de Tomar têm o “direito” de conhecer as conclusões emanadas do órgão executivo, incluindo propostas apresentadas por todas as forças políticas e eleitos. “O objectivo é que haja uma maior transparência daquilo que é discutido e decidido pelo executivo camarário. Propomos que daqui para a frente os serviços da câmara passem a divulgar as diversas deliberações de todas as reuniões, incluindo matérias debatidas antes da ordem do dia e ordem de trabalhos”, propõem. E defendem também que seja criado na página do município na Internet um espaço onde as reuniões camarárias fiquem acessíveis em formato audio.O vereador Pedro Marques, do movimento Independentes por Tomar (IpT), considera que as coisas não estão a funcionar como deviam e que disponibilizar as actas na Internet não é suficiente. “Quase ninguém se dá ao trabalho de ler as actas das reuniões de câmara. Não deve haver nada a esconder e toda a informação da oposição também deve estar no site. Lamento que apenas as informações da maioria PS/CDU sejam colocadas no site da câmara”, criticou. A presidente da câmara, Anabela Freitas (PS), limitou-se a referir que o site pode ser melhorado mas não concorda com a proposta apresentada pelo PSD. O documento foi reprovado com quatro votos contra e três a favor, dos vereadores da oposição.