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Um ano depois ainda não se sabe resultado de inspecção à Câmara de Tomar

Auditoria foi pedida à Inspecção Geral de Finanças pela actual maioria socialista
Um ano depois a presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas (PS), garante que ainda não tem na sua posse o resultado final do relatório da Inspecção-Geral de Finanças. A afirmação foi feita durante o ponto da ordem de trabalhos sobre a nomeação de um Revisor Oficial de Contas (ROC), na última sessão da Assembleia Municipal de Tomar. Este debate levou a discussão política para outro lado e voltou à baila o assunto das facturas “espalhadas” por diversos serviços camarários. Anabela Freitas referiu, em Maio de 2014, terem sido detectados cerca de 3,8 milhões de euros em facturas, que, na altura, ainda não tinham sido inseridas no sistema contabilístico.A líder da bancada do PSD, Isabel Boavida, pediu a palavra para referir que as tais facturas estavam contabilizadas e que contavam para o cálculo da dívida. “Basta ver as contas apresentadas em 2014, 2013 e comparar com 2012 para ver que as facturas estão contabilizadas na dívida. Se assim não fosse o ROC teria que ter dito, no Parecer de Certificação de Contas, que as facturas estavam escondidas”, sublinhou. Isabel Boavida acrescentou que se não fosse assim o actual executivo municipal não conseguiria governar a câmara municipal. “Como é que conseguiria governar a câmara com 3,8 milhões de euros de dívidas escondidas”, disse, deixando no ar a dúvida que a Inspecção-Geral de Finanças não foi ao município por causa das facturas “espalhadas”.O deputado Hugo Costa (PS) disse que a forma como as facturas estavam contabilizadas não contava para o endividamento. Respondendo às acusações da bancada do PSD, Hugo Costa incentivou a oposição a provar que o que ele disse era mentira. “Deve ser muito difícil demonstrar que o que estou a dizer é mentira”, sublinhou. Anabela Freitas, que assumiu a liderança da autarquia após derrotar o candidato do PSD e presidente do município, Carlos Carrão, em Setembro de 2013, garantiu, em Maio de 2014, que algumas das tais facturas “espalhadas por diversos serviços camarários e que, naquela altura, ainda não tinha sido inseridas no sistema contabilístico”, remontavam a despesas efectuadas em 2008.Na sequência dessa informação, a maioria que gere a câmara municipal - a coligação PS/CDU - solicitou uma reunião com o Ministério das Finanças para tentar encontrar uma solução. Antes desta situação, a autarquia tinha pedido uma auditoria da Inspecção Geral de Finanças, estimando a existência de facturas não contabilizadas no valor de 200 mil euros. Depois de uma verificação mais cirúrgica pelos vários serviços camarários foram detectadas mais facturas, totalizando 3,8 milhões de euros.

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