O município de Vila Franca de Xira só vai decidir o que fazer em relação à chegada de refugiados sírios depois de existir uma posição concertada da Associação Nacional de Municípios (ANMP) face à situação. Mas há abertura daquele concelho para acolher famílias refugiadas. A garantia foi dada na última reunião pública do executivo vilafranquense depois de aprovada por unanimidade uma moção sobre o assunto.Alberto Mesquita, presidente do executivo, refere que o pior que pode ser feito é ter “soluções isoladas” para o problema e por isso defendeu que só depois da ANMP e o governo delinearem uma estratégia é que Vila Franca de Xira se poderá pronunciar. “Os municípios estão disponíveis para acompanhar o que for decidido ao nível nacional. Ajudar é um paliativo, não resolve o problema. Falta actualmente capacidade política para resolver certas questões. Estamos disponíveis para ajudar mas primeiro precisamos de saber o que está o governo a pensar fazer, não pode ser cada um a fazer o que achar melhor”, explicou o autarca. O presidente de Vila Franca de Xira diz que os refugiados que o concelho for acolher “serão gente que quererá ficar” e que por isso é necessário um plano que trace vários objectivos. “Vão precisar de alimento, habitação, trabalho e os miúdos vão precisar de escola pública. Estamos de braços abertos mas tem de haver organização”, alertou. O autarca garante que já contactou associações e instituições particulares de solidariedade social do concelho para saber da disponibilidade para ajudar no caso e garante que a maioria se mostrou disponível para cooperar. “Espero que rapidamente o Estado diga o que quer de nós”, concluiu, frisando que, para qualquer caso, será necessário financiamento.