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Jardim da Liberdade já não tem cafés abertos

Jardim da Liberdade já não tem cafés abertos

Câmara rescindiu contrato com empresa que explorava o último estabelecimento a encerrar

Aposta tem-se revelado falhada e o município reclama muitos milhares de euros de rendas a empresas a quem concessionou os espaços.

Os três espaços destinados a cafetaria e restauração existentes no Jardim da Liberdade encontram-se todos encerrados, tendo a Câmara de Santarém rescindido recentemente o contrato com a empresa que explorava a última cafetaria, que acumulou rendas em atraso. O executivo camarário decidiu ainda exigir o valor das rendas em atraso (802 euros por mês), num montante total de 36.585 euros, e aplicar uma sanção correspondente a metade desse valor, ou seja 18.292 euros. A autarquia vai ainda accionar a caução prestada pela empresa no âmbito do contrato de concessão, no valor de 192 euros, que será abatido ao montante global da dívida.O contrato de concessão da cafetaria 1 - estabelecimento de bebidas/livraria/galeria de arte à firma “Casa d’Alagoa _ Hotelaria e Turismo Lda.” foi assinado em 2 de Setembro de 2011. O município ainda tentou negociar o pagamento em prestações das rendas em atraso, mas a empresa, segundo se lê na informação técnica facultada à vereação, não se pronunciou nem procedeu a qualquer pagamento. A história dos três estabelecimentos de apoio ao Jardim da Liberdade tem sido atribulada. O que devia ser um restaurante marisqueira, propriedade do grupo El Galego, nunca chegou a abrir. Em Julho último, a Câmara de Santarém decidiu rescindir o contrato com a empresa e reclamar uma verba de 128 mil euros referente a rendas em atraso (80 mil euros) e sanções várias. O estabelecimento estava concessionado desde Dezembro de 2010 mas nunca chegou a abrir devido a deficiências na construção. O concessionário alega que, logo após a assinatura do contrato, denunciou uma série de anomalias existentes no espaço, nomeadamente infiltrações na cobertura. Problemas que, na óptica do sócio-gerente da empresa, Carlos Henriques, devem ser solucionados pelo município, que é o dono do edifício. Posição diferente têm os técnicos da Câmara de Santarém que analisaram o processo, pois consideram que as obras necessárias à correcção de eventuais deficiências bem como as necessárias à abertura do estabelecimento não são da responsabilidade da autarquia. Sublinham ainda que a empresa só três anos após a assinatura do contrato é que revelou a existência de deficiências no edifício, referindo que os problemas, “a existirem”, podem resultar da falta de conservação corrente do espaço. Uma alusão contestada por Carlos Henriques, que garante ter denunciado essas anomalias pouco depois de ter ficado com o estabelecimento e que as mesmas são comuns aos dois espaços de cafetaria vizinhos. O primeiro estabelecimento abriu em 16 de Março de 2012, quase dois anos após a inauguração do Jardim da Liberdade, uma das obras emblemáticas de Moita Flores enquanto presidente da autarquia. Entretanto também fechou.
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