Rio Maior quer ensino articulado nas suas escolas
A Câmara de Rio Maior está disponível para apoiar o ensino articulado e artístico no concelho, caso o Ministério da Educação autorize a implementação dessa vertente de ensino num dos agrupamentos de escolas da cidade. “O município substitui-se a tanta coisa da responsabilidade do poder central que estamos disponíveis para avaliar” essa possibilidade, afirmou a presidente da autarquia, Isaura Morais (PSD), na última reunião do executivo.O assunto foi levantado pelo vereador Daniel Pinto (PS), que lamentou que no concelho não exista a opção do ensino articulado de artes (nomeadamente de música), ao contrário do que sucede em municípios vizinhos como Caldas da Rainha ou Santarém. Uma situação, considera, que acaba por contribuir para um certo “atraso cultural” de Rio Maior face a outros concelhos. O autarca socialista revelou que este ano surgiu um número de alunos interessados superior ao habitual, o que acabou por gerar a expectativa de que finalmente se implementasse o ensino articulado de música no 2º ciclo. O que até à data não se verificou, levando Daniel Pinto a defender que a câmara municipal deve ter “uma actuação de liderança” nesse processo. “O investimento andará pelos 26 mil euros anuais para que uma turma possa abrir”, disse o vereador, ressalvando que não sabe se ainda vai a tempo de criar essa turma no ano lectivo que se iniciou há um mês. Se não for possível, “que pelo menos para o ano se possa avançar”, afirmou.A vereadora da Educação, Ana Filomena Figueiredo (CDS), disse que já foi feita uma exposição sobre o assunto ao Ministério da Educação onde defendeu direitos equitativos para todos os concelhos, sem custos adicionais. Considerou ainda que a implementação do ensino articulado pode ser uma forma de manter alunos no concelho face à concorrência do colégios privados de concelhos vizinhos que utilizam o ensino articulado como chamariz. O processo envolve ainda a Academia de Música de Alcobaça, que seria responsável pelas aulas de música em Rio Maior, e o Agrupamento de Escolas das Marinhas do Sal, que tem um projecto nesse sentido, revelou Ana Filomena Figueiredo. O problema é o financiamento por parte do Ministério da Educação e é aí que a autarquia, eventualmente, se pode chegar à frente e desatar o nó, como sugeriu Daniel Pinto.
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